O mês de outubro é voltado mundialmente para a campanha de combate ao câncer de mama e recentemente, ao de colo de útero. É neste mês que as organizações de saúde recomendam que as mulheres procurem atendimento médico mastológico e ginecológico anual, para checagem dos estados de saúde. O câncer de mama é o segundo de maior incidência entre as mulheres – atrás apenas do câncer de pele – e quando descoberto em estágio inicial, tem as chances de cura aumentadas.
A campanha alerta ainda para os governos promoverem a conscientização da doença, com combate à desinformação e acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento gratuitos. Assim, facilitando a redução de mortalidade. Para o Brasil, foram estimados 73.610 casos novos de câncer de mama em 2023, com um risco estimado de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres, segundo o INCA. A taxa de mortalidade está ligada à fatores de idade e estágio da doença. As maiores taxas de incidência e de mortalidade estão nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.
Veja os principais fatores ligados ao Câncer de Mama, segundo o Ministério da Saúde:
Comportamentais/Ambientais
- Obesidade e sobrepeso, após a menopausa
- Atividade física insuficiente (menos de 150 minutos de atividade física moderada por semana)
- Consumo de bebida alcoólica
- Exposição frequente a radiações ionizantes (Raios-X, tomografia computadorizada, mamografia etc.)
- História de tratamento prévio com radioterapia no tórax
Aspectos da vida reprodutiva/hormonais
- Primeira menstruação (menarca) antes de 12 anos
- Não ter filhos
- Primeira gravidez após os 30 anos
- Parar de menstruar (menopausa) após os 55 anos
- Uso de contraceptivos hormonais (estrogênio-progesterona)
- Ter feito terapia de reposição hormonal (estrogênio-progesterona), principalmente por mais de cinco anos
Hereditários/Genéticos
- Histórico familiar de câncer de ovário; de câncer de mama em mulheres, principalmente antes dos 50 anos; e caso de câncer de mama em homem
- Alteração genética, especialmente nos genes BRCA1 e BRCA2.
A mulher que possui esses fatores genéticos tem risco elevado para câncer de mama. No entanto, o problema também pode ser silencioso e, por isso, é necessário um bom acompanhamento médico, para avaliar constantemente os riscos de desenvolver a doença. O INCA também ressalta que o tumor pode aparecer em homens, mas que isso é extremamente raro e representa apenas 1% dos casos.
O autoexame, realizado por meio do toque, ainda no banho, ajuda significativamente no diagnóstico de nódulos e caroços. Por isso, se ame, se toque e busque ajuda! Você não está sozinha.
Assista ao episódio da TV CONTEC com o Projeto Canomama, idealizado por duas mulheres transformadoras, Larissa Lima e Sandra Angelim, após o diagnóstico de câncer de mama. Ela já era adepta da canoagem e aproveitou o amor pelo esporte e o incentivo do treinador, para conciliar o tratamento da doença com as remadas no lago Paranoá, em Brasília. Não perca!
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