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34% dos consumidores sabem a taxa de juros que contrataram, diz levantamento

Mais da metade dos entrevistados já tiveram ao menos um pedido de crédito negado

postado Luany Araújo

Apenas 34% dos tomadores de crédito sabem a taxa de juros que contrataram, apesar de 70% considerarem o valor do juro o critério mais importante nessa decisão. A estimativa é fruto de um levantamento realizado pela Matera Insights em parceria como instituto Qualibest, divulgada nesta terça-feira (18).

Foram entrevistados 754 brasileiros que tomaram crédito entre maio e outubro de 2024, pertencentes às classes A, B, C e D e E de todo o país. A margem de erro é de 3,64 pontos percentuais para o total da amostra, considerando um intervalo de confiança de 95%.

“Isso sugere que esse critério pode não ser o único ou necessariamente o mais influente no momento da decisão de contratar crédito”, afirma Ricardo Ferreira, diretor da Matera Insights.

No total, 30% dos participantes apontam que a principal melhoria no processo de tomada de crédito seria o fornecimento antecipado de informações essenciais, como taxas e prazos.

Além de quanto vão pagar, os tomadores de crédito também julgam importante a facilidade de aprovação. Para os entrevistados, esse critério vem acima da taxa de juros no caso dos empréstimos consignados, que costumam ter juros menores.

Também são citados como fatores relevantes ao contratar o crédito se as parcelas cabem no orçamento, qual a flexibilidade das condições oferecidas e os benefícios adicionais, como cashback e fidelidade. Pesa ainda a confiança na instituição financeira.

Segundo o estudo, as principais razões que levam os consumidores a buscar crédito são necessidades imediatas e compromissos de curto prazo, como despesas inesperadas ou contas vencidas.

Com relação ao limite de crédito liberado, mais da metade dos entrevistados afirmou estar dentro do esperado, enquanto 22% se surpreenderam com um valor acima das expectativas e 18% avaliaram que o valor ficou abaixo do esperado.

Mais da metade dos participantes já ficaram negativados (54%), citando atraso de pagamentos, desemprego ou perda de renda e o acúmulo de dívidas.

Para ajudar a manter os pagamentos em dia, 42% sugerem que as instituições melhorem o parcelamento e reduzam juros.

A maioria da amostra também relatou ter tido ao menos um pedido de crédito negado ao longo da vida financeira. E 36% tiveram uma negativa nos últimos 12 meses.

Após ter o pedido barrado, apenas 25% não tentaram adquirir o valor de outra forma. Para quem recorreu a outros meios, a maioria fez trabalhos extras ou pediu para amigos e familiares.

A pesquisa também aponta que a maioria dos entrevistados contratou seu último crédito por meio do aplicativo da instituição. Ao todo, os canais digitais representam 70% das vendas. Agências bancárias são 17%, e lojas físicas de varejistas, 3%.

Os bancos escolhidos, por sua vez, são os tradicionais. A exceção é a contratação do Pix parcelado, que ainda não foi oficialmente lançado pelo Banco Central, mas já é oferecido por algumas instituições.

No total, 53% dos entrevistados já relataram ter utilizado o Pix parcelado, e a maioria dessas contratações (73%) foi por meio de bancos digitais.

Outra novidade do Banco Central que teve adesão foi o open finance: 47% dos entrevistados disseram já ter compartilhado seus dados entre instituições financeiras e 21% afirmaram que compartilhariam. Apenas 17% disseram que não usariam a funcionalidade.

 

Fonte: Folha de S.Paulo

www.contec.org.br

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