A Conferência das Partes sobre o Clima (COP-27) teve início no último domingo (06), em Sharm El Sheik, Egito. O evento da Organização das Nações Unidas reúne desde 1995 líderes de diferentes países para discutir o aquecimento global, que tem se mostrado cada vez mais severo. Indo até o dia 18 de novembro, a reunião também conta com a presença de cientistas, ambientalistas e até mesmo celebridades engajadas na pauta.
Neste ano, um ponto que entra pela primeira vez em discussão é a questão das “perdas e ganhos ambientais”. Dessa forma, será debatido quem pagará a conta do desgaste que está sendo gerado, tendo em vista que grandes potências globais são também as nações que mais impactam no clima global, enquanto muitos países que geram menos impacto sofrem com fenômenos causados pela mudança climática. Busca-se a contribuição das potências mais ricas na proteção dos países mais pobres com relação aos efeitos do aquecimento global. A escolha do país que cedia a conferência, inclusive, expõe a vulnerabilidade ao fenômeno vivida por países do continente africano.
Além desta questão, a COP-27 deve também ter os envolvidos revendo metas climáticas nacionais estabelecidas; pensando o desmatamento e o aumentar do uso de energia renovável. A guerra na Ucrânia também será ponto de discussão. Entre os líderes que confirmaram presença no evento estão Joe Biden (EUA); Emanuel Macron (frança); Olaf Scholz (Alemanha); e o candidato à presidência da república eleito Lula Inácio da Silva.
Uma provável ausência que ganhou destaque é a da ativista sueca Greta Thunberg, de 19 anos, conhecida por liderar o Movimento “Fridays for Future”, em 2018. Em lançamento do seu livro “The Climate Book”, a jovem afirmou que as conferências tem sido usadas para pessoas que estão no poder chamarem atenção e para diferentes tipos de lavagem verde. “Assim, as COPs não estão realmente funcionando, a menos que as usemos como uma oportunidade de mobilização”, declarou.