Melhorar o padrão de vida da população de baixa renda, reduzindo, ao mesmo tempo, as emissões de carbono em direção à neutralidade, vai exigir do G20, grupo das 20 maiores economias do mundo, investimentos ao redor de US$ 56 trilhões em valores acumulados até o fim desta década.
A estimativa é feita pela consultoria McKinsey em estudo que traz uma dimensão do esforço a ser feito pelos países até 2030 para alcançar esses dois grandes objetivos. São recursos consideráveis, mas que podem ter impacto positivo na produtividade e crescimento das economias.
Só em descarbonização, com vista ao compromisso de neutralidade das emissões assumido no Acordo de Paris até 2050, serão necessários investimentos de aproximadamente US$ 35 trilhões no G20 ainda nesta década. Outros US$ 21 trilhões terão que ser investidos para melhorar o padrão de vida de 2,6 bilhões de pessoas que vivem nesses países abaixo da chamada linha de empoderamento econômico.
Somados os dois valores, os investimentos em inclusão social e sustentabilidade correspondem, em porcentual anualizado, a 6,1% do Produto Interno Bruto (PIB) somado do G20.
Apesar do progresso observado na direção de eliminar a pobreza extrema, mais da metade da população do G20 (53%) vive abaixo da linha de empoderamento econômico — isto é, não dispõe de recursos mínimos para acessar toda gama de produtos e serviços básicos.
Pessoas que ultrapassam essa linha ainda têm uma vida simples, porém suas necessidades básicas são suficientemente atendidas e elas conseguem ter alguma folga, ainda que modesta, para eventuais gastos imprevistos. Também têm, conforme explica a McKinsey, melhores condições de se tornarem mais produtivas.
Fonte: Estadão
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