Os consumidores já fizeram 1 milhão de pedidos na Black Friday entre a 1h e as 19h desta quinta (23), de acordo com a empresa de gestão em ecommerce, Infracommerce, em parceria com a Neotrust. O volume é 12,7% menor do que o registrado no mesmo período de 2022.
Por outro lado, o valor gasto por compra subiu 8,2% (acima da inflação), a R$ 558,29, em média. Assim, o faturamento caiu cerca de 5,5% e no momento está em R$ 575,6 milhões. A Infracommerce processa apenas compras feitas na internet.
Desde as 15h, o faturamento por hora percebido pelo monitoramento em 2023 passou o valor registrado em 2022, o que abre margem para o valor levantado com vendas neste ano superar o da Black Friday passada.
O frete grátis está entre as preferências dos compradores: 58,6% dos pedidos foram feitos na modalidade sem pagamento pela entrega.
As mulheres empurram o carrinho do consumo e respondem por 60,9% dos pedidos feitos até o início desta noite.
O número de pagamentos feitos com cartão de crédito também subiu de 53% para 46%. Esse formato de transação é mais seguro, já que facilita o estorno, em caso de problemas no pedido e golpes.
Os melhores descontos da Black Friday 2023 devem aparecer ainda nesta quinta-feira (23), especialmente no período entre as 22h de quinta e as 1h desta sexta-feira (24). A partir deste horário, o fluxo começa a diminuir madrugada adentro.
Esse cenário foi projetado pela plataforma Promobit, especializada em encontrar descontos e promoções. Os números têm base no comportamento de compra durante a Black Friday de 3 milhões de usuários nos últimos quatro anos.
Antecipar as compras para esta quinta ainda pode evitar problemas de estoques zerados.
Trazida de forma oficial dos Estados Unidos para o Brasil em 2010, a Black Friday caiu no gosto do brasileiro. Neste ano, porém, há preocupações de que a alta inadimplência e a seca no Amazonas, que aumenta o preço dos produtos da Zona Franca, possam desestimular o consumidor a comprar.
O faturamento do ecommerce brasileiro nos primeiros 15 dias de novembro registrou queda de 15,8% em relação ao registrado no mesmo período do ano passado, informou a NielsenIQ Ebit, líder em análises e insights do mercado de e-commerce.
O recuo foi notadamente impulsionado por desempenhos abaixo da média nas categorias de telefonia (com uma perda de 40%) e casa e decoração (com um recuo nas vendas de 24%).
Fonte: Folha de S. Paulo
www.contec.org.br