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Aprovação da isenção do Imposto de Renda até 5.000 pode ficar para dezembro, afirma Lira

Relator condicionou decisão ao presidente da Câmara, ressaltando que pode haver mudanças na compensação para desonerar rendas de até R$ 5.000

postado Maria Clara

O deputado Arthur Lira (PP-AL), relator do projeto de lei de isenção do IRPF (Imposto de Renda da Pessoa Física), o PL 1.087/2025, afirmou nesta terça-feira (12) que a proposta pode ser aprovada pela Câmara apenas em dezembro.

“Dependendo das variações e sugestões de proposta, esse texto pode ficar com mais urgência ou menos urgência, com prazo de setembro ou ou prazo de dezembro”, sinalizou.

Ele condicionou a mudança a uma decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). “Uma coisa é uma comissão [aprovar o texto], outra é no plenário. Tenho dito isso a todos os líderes ao presidente, a quem cabe fazer a pauta e colocar [para votar]”.

Segundo ele, a extensão do prazo depende da retomada do rito de votação no plenário da Câmara após a ocupação da Mesa Diretora por parlamentares bolsonaristas na semana passada e possíveis encaminhamentos para a compensação da isenção de IRPF.

“O principal problema é a forma de compensação”, disse, indicando que pode haver mudanças no texto aprovado na comissão especial”, disse. “A gente tem que ter um binômio entre texto e voto”, observou.

Lira participou de almoço com deputados da FPE (Frente Parlamentar do Empreendedorismo) e pediu apoio deles para aprovar um texto “mais retilíneo”.

Durante o encontro, em uma casa Lago Sul, bairro nobre de Brasília, algumas entidades empresariais defenderam mudanças no relatório do projeto.

A CNI (Confederação Nacional da Indústria), por exemplo, sugeriu a antecipação sobre as bets do Imposto Seletivo, o chamado “imposto do pecado” criado pela reforma tributária, como forma de compensar a isenção do imposto de renda até R$ 5.000 para manter o equilíbrio fiscal. A entidade propôs a criação da Cide-Bets, numa referência à Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico, cobrada dos combustíveis e remessas ao exterior, por exemplo.

Os representantes da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) indicam intenção de apresentar quatro emendas ao texto em plenário, por meio de parlamentares da Frente Parlamentar do Agronegócio. Entre elas, uma emenda de redação para garantir o reajuste anual da isenção para agricultores pessoas físicas para compensar perdas com a inflação.

O deputado disse ainda que a taxação de 5% para investimentos em títulos imobiliários e do agronegócio, presentes na medida provisória 1.300/2025, pode migrar para o PL da Isenção do IR, a partir de emenda em plenário apresentada pela CNA e a FPA.

Por Nivaldo Souza e Raphael Di Cunto

FonteFolha

www.contec.org.br

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