Você já refletiu sobre o quanto de preconceito pode estar embutido em nossas formas de comunicação cotidianas? Ou sobre os vieses inconscientes e estereótipos que podemos repercutir em nossas opiniões? A comunicação é uma das principais formas de interação humana e, no ambiente corporativo, desempenha um papel crucial na construção de relações saudáveis e produtivas. No entanto, o discurso também pode ser veículo de preconceitos e violências simbólicas, muitas vezes de maneira sutil ou inconsciente.
Como temos reforçado constantemente, no Banco do Brasil, temos o compromisso de promover um ambiente de trabalho acolhedor, respeitoso e alinhado aos valores da Diversidade, Equidade e Inclusão. Pensando nisso, nesta quinta-feira, 9, lançamos o Guia de Comunicação ASG, ferramenta prática para apoiar todas as pessoas na adoção de uma comunicação mais respeitosa e alinhada aos princípios inclusivos e da não violência.
O guia oferece orientações para uma comunicação mais inclusiva, destacando os marcadores sociais da diferença priorizados na estratégia de Diversidade, Equidade e Inclusão do BB – gerações, neurodivergentes, LGBTQIAPN+, gênero, raça e etnia, pessoas com deficiência. Além disso, lista palavras, termos e expressões que devem ser problematizadas no nosso diálogo, por reforçarem estereótipos, preconceitos ou discriminação.
A iniciativa não é apenas uma orientação sobre como nos comunicamos, mas um convite para repensarmos nossas práticas diárias, garantindo que nossas palavras e ações sejam instrumentos que respeitem nossa sociedade, incluindo a diversidade do funcionalismo da nossa Organização.
Palavras têm poder
As formas de comunicação podem normalizar desigualdades e excluir pessoas. Reconhecer essas dinâmicas é a primeira etapa para construir uma cultura organizacional mais justa e inclusiva. No ambiente corporativo, expressões discriminatórias podem surgir em diferentes níveis, desde piadas aparentemente inofensivas até comentários que reforçam estereótipos de gênero, raça, orientação sexual ou idade.
Frases como “você é muito bonita para alguém da sua idade” podem reforçar estereótipos e minar a confiança de quem as recebe. Ao falar algo como “isso não é trabalho para mulheres/homens”, cria-se um ambiente excludente, alimentando preconceitos de gênero. Expressões usuais no ambiente de trabalho como “não temos braço para isso”, para descrever a falta de recursos para uma demanda, ou “fazer nas coxas” para sugerir baixa qualidade de trabalho são exemplos de como a linguagem corporativa pode perpetuar preconceitos culturais e capacitistas.
Ainda, avaliar lideranças como “agressivo e autoritário” para se referir a alguém que integra um grupo minorizado enquanto utiliza “confiante e assertivo” para descrever outro líder, de grupo majoritário, pode designar preconceito implícito nas avaliações de desempenho.
Adotar uma linguagem inclusiva vai além de ser uma questão ética. Trata-se de reconhecer as diferentes realidades, histórias e identidades das pessoas com quem convivemos e trabalhamos e refletir nosso respeito por todas as pessoas, fortalecendo um ambiente onde a diversidade seja celebrada. Essa compreensão também é essencial para minimizar riscos de reputação e preservar a imagem do Banco do Brasil como uma instituição consciente e comprometida com a sociedade.
Para tornar essa iniciativa ainda mais prática, ao longo do 1º semestre, traremos matérias com compromissos e práticas objetivas aplicadas a diferentes marcadores sociais da diferença. O objetivo é ampliar nossa consciência sobre o impacto das palavras e nos ajudar a adotar um vocabulário mais justo e inclusivo. Acreditamos que, coletivamente, podemos fazer a diferença, transformando a maneira como nos comunicamos e fortalecendo nosso impacto positivo na sociedade. Não perca a oportunidade de explorar o guia e participar dessa evolução na cultura do BB.
Protocolo Antidiscriminação
Para coibir práticas discriminatórias, o BB lançou, em novembro do ano passado, o Protocolo Antidiscriminação, que padroniza e estabelece fluxos de atuação em casos de discriminação, promovendo acolhimento, incentivo à denúncia e gestão das consequências. Conhecendo o Protocolo, todas as pessoas que estiverem em qualquer um de nossos pontos de contato poderão saber, de forma simples, como proceder diante de atitudes com viés discriminatório.
Os fluxos foram desenvolvidos para garantir acolhimento das vítimas, padronização, tempestividade de resposta e atuação em casos de discriminação, seja contra funcionários, clientes, contratados ou qualquer pessoa em um dos ambientes do BB.
O Banco do Brasil repudia toda e qualquer forma de discriminação e está comprometido em promover um ambiente inclusivo e seguro para todos os seus públicos de relacionamento, reconhecendo que muitas dessas práticas discriminatórias são crimes tipificados.
O canal oficial para reportar situações com viés discriminatório relacionadas às atividades do Banco do Brasil e empresas ligadas é o Canal de Denúncias, através do telefone 0800 300 4455, gratuito, todos os dias da semana, 24 horas por dia. O atendimento está disponível em português, inglês e espanhol.
Também é possível acessar o Canal de Denúncias através do Portal do Banco do Brasil na Internet:canaldedenuncia.com.br/bancodobrasil.
Importante ressaltar que, para fazer uma denúncia, não há a necessidade de se identificar
Diretoria Gestão da Cultura e de Pessoas BB
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