A comissão CONTEC esteve reunida na tarde desta sexta-feira (15) com os negociadores do Santander para esclarecer dúvidas sobre o novo horário de atendimento gerencial ao público, que a partir da próxima segunda-feira (18/7) será de 9 às 17h, em todas as agências daquele banco.
O presidente da CONTEC, Lourenço Prado, abriu a reunião demonstrando surpresa com a falta de transparência do banco em não ter buscado o movimento sindical para tratar da mudança. “Ampliar o atendimento ao público é de interesse do movimento sindical, pois tendo uma jornada de trabalho mais longa para o público, há consequentemente geração de mais empregos”, afirmou. “Inclusive com o regular cumprimento das leis, das normas de saúde e segurança do trabalho, cumprindo a convenção coletiva, o aditivo e o acordo coletivo”, completou.
A negociadora Fabiana Ribeiro ponderou que não se trata de “uma decisão arbitrária”, mas sim uma medida imposta pelo mercado no momento. “O cliente precisa. E mais o Santander se posiciona favorável a valorização da rede de agências físicas, mas essa estrutura impõe um outro ritmo de atendimento, horário, tipo de produto”, afirmou.
Para o banco, após a pandemia, observa-se que as filas no horário do almoço, que era sintoma em 85% das agências, não acontece mais e chegou a reduzir em 2/3. Segundo Fabiana Ribeiro, hoje, o cliente vai menos às agências físicas. No entanto, o “Santander quer mostrar que vai privilegiar agências físicas”, tendo aberto inclusive novas agências em nove estados.
De acordo com ela, o Santander não mudou o modelo de jornadas. “A possibilidade de um funcionário extrapolar sua jornada por estar atendendo um cliente até as 17h é pequena, de forma muito localizada e episódica”, acrescentou a negociadora do Santander. Ela ainda reforçou que tudo está dentro da legalidade inclusive com a chancela do Banco Central.
Quanto aos questionamentos sobre alteração de metas no fim do mês, o banco afirma que não há qualquer mudança e que a distribuição segue sendo bimensal. Também foram colocadas algumas questões de segurança e uso de câmeras nas agências.