O Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, realizado em 25 de novembro, foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) para preservar a memória das irmãs Mirabal, assassinadas em 1960 pelo regime autoritário da República Dominicana, e para honrar todas as mulheres que enfrentam e ainda enfrentam regimes opressores.
Em nível internacional, o 25 de novembro inaugura os 16 Dias de Ativismo pelo fim da violência contra a mulher, mobilização que segue até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos. Aqui no Brasil, os dias de ativismo são 21 e têm início em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra. Isso para chamar a atenção da sociedade para o fato de que as mulheres negras são maioria entre as vítimas de feminicídios e outros tipos de violência de gênero. De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2023, 66,9% das mulheres mortas de forma violenta são negras.
As últimas informações do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, mostram que em 2023, o Brasil contabilizou 1.467 casos de feminicídio, o que equivale a uma média de quatro mortes diárias de mulheres motivadas pelo gênero. Além disso, o número de tentativas de feminicídio foi alarmante, com 2.797 incidentes registrados. Em relação à violência doméstica, foram registrados quase 260 mil episódios de agressão, além de mais de 38 mil denúncias de violência psicológica. Esses números nos mostram a grave situação de violência contra a mulher no país.
A Convenção Coletiva de Trabalho 2024-2026 apresentou grandes avanços com inclusão de canais e medidas de apoio para mulheres em situações de violência .
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