A CONTEC lembra, nesta terça-feira (12/8), da importância do Dia Nacional dos Direitos Humanos, instituído em 2012 em homenagem à líder sindical e defensora dos trabalhadores rurais, Margarida Maria Alves. Assassinada em 1983, na Paraíba, a mando de proprietários de terras, Margarida tornou-se símbolo da resistência contra as violações de direitos no Brasil.
Seu caso, emblemático das graves violações cometidas durante a ditadura militar e que ainda encontram ecos no presente, foi levado à Corte Interamericana de Direitos Humanos. Em 2021, a Corte reconheceu a responsabilidade do Estado brasileiro pela violação dos direitos à vida, à integridade pessoal, à justiça, à livre associação, às garantias e à proteção judicial de Margarida e sua família.
A memória de Margarida também é preservada por meio da Marcha das Margaridas, mobilização que acontece a cada quatro anos e reúne, em Brasília, milhares de mulheres trabalhadoras rurais de todo o país, reivindicando direitos, igualdade, dignidade e melhores condições de vida no campo.
Dura realidade
Para além da memória de Margarida, o recente estudo “Na Linha de Frente”, divulgado nesta segunda-feira (11/8) pelas organizações Justiça Global e Terra de Direitos, apresenta números alarmantes sobre os riscos enfrentados por quem atua na defesa dos direitos humanos no Brasil.
O estudo destaca que, no país, ocorre em média um caso de violência a cada 36 horas contra pessoas que defendem os direitos humanos.
Triste realidade brasileira.
Hoje e sempre,
Margarida, presente!
Com informações do Arquivo Nacional e da Agência Brasil
Por Leidiane Silveira
www.contec.org.br