Início » Na Argentina, falta espaço para armazenar cédulas de peso por causa da desvalorização da moeda

Na Argentina, falta espaço para armazenar cédulas de peso por causa da desvalorização da moeda

Bancos já estão ampliando número de cofres e entidades pedem ao banco central que imprima notas maiores do que mil pesos

postado Assessoria

Até agora, o Banco Central da Argentina resistiu ao pedido de uma câmara de negócios em Buenos Aires para começar a imprimir uma cédula com um valor nominal de mais de 1.000 pesos, que na quarta-feira valia apenas US$ 2,65 na taxa de câmbio informal comumente usada. Com os preços subindo a taxas anuais de quase três dígitos, o dilema deixou os argentinos sacando dezenas de notas em caixas eletrônicos, enquanto os turistas costumam carregar maços de dinheiro.

Para os bancos, que transportam o dinheiro para as agências e caixas eletrônicos, isso também é um desafio de espaço.

Em resposta ao problema, o Banco Galicia prevê construir dois novos cofres para guardar dinheiro este ano. Em 2019, tinha dois, passando para dez no ano passado, segundo uma pessoa a par do assunto. Este investimento permitirá ampliar em 30% o total de armazenamento para US$ 164 milhões em cédulas de 100 pesos, disse a fonte.

O Santander Río, filial do espanhol Santander, também está ocupando mais espaço no cofre, e possivelmente duplicará o espaço de armazenamento.

Desde que o presidente Alberto Fernandez assumiu o cargo em dezembro de 2019, a quantidade de dinheiro em circulação pública quadruplicou para 3,8 trilhões de pesos (US$ 20,8 bilhões), de 895 bilhões de pesos, segundo dados do banco central. Enquanto isso, a nota de 1.000 pesos continua sendo a de maior valor.

Porta-vozes do Grupo Financiero Galicia SA, controladora do Banco Galicia, e do Santander Río não comentaram imediatamente.

“Transportar, mobilizar, extrair um número cada vez maior de cédulas, além de gerar complicações e gastos, provoca situações de insegurança cada vez mais frequentes”, disse Fabián Castillo, chefe da Federação de Comério e Indústria da Cidade de Buenos Aires (Fecoba) em comunicado.

Um porta-voz do Banco Central da Argentina disse que não espera nenhum anúncio sobre notas maiores e não quis comentar sobre a solicitação da Fecoba.

Fonte: O Globo

www.contec.org.br

Deixe um Comentário

Notícias Relacionadas