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Países comprometidos com agenda verde e climática terão 5% de desconto em empréstimos do BID

postado Assessoria

 Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) está debruçado em um projeto-piloto que visa recompensar países comprometidos com as agendas climática e ambiental com incentivos financeiros. Batizada de BID Clima, a ferramenta prevê um desconto de 5% do montante principal do empréstimo e que será concedido na forma de subsídio às ações que cumprirem metas sustentáveis.

Nessa fase piloto, o BID prevê desembolsar até US$ 1 bilhão em empréstimos para um total de dez projetos. Os recursos virão do capital ordinário do banco, que soma US$ 105 bilhões.

A seleção dos projetos vai considerar a diversidade geográfica, os desafios ambientais e o momento que o país está em termos de transição verde. Segundo o BID, a elegibilidade depende de inclusão de financiamento para fortalecer a capacidade dos sistemas nacionais de monitoramento, reporte e verificação ambiental (o chamado MRV) e do cumprimento dos objetivos traçados. Só assim, o desconto será concedido.

Segundo o presidente do BID, Ilan Goldfajn, o BID é o primeiro banco multilateral de desenvolvimento a oferecer uma ferramenta com essas características. “Ao alinhar incentivos financeiros com a ação climática e pela natureza, essa ferramenta maximiza o impacto do nosso trabalho pelo desenvolvimento, também ao recompensar esforços que ajudarão os países a mobilizar capital”, disse ele, em nota à imprensa.

A nova ação do BID vai ao encontro exatamente da necessidade de recursos para deslanchar a agenda verde e climática ao redor do globo. Pesquisas do próprio banco reconhecem ser preciso elevar o nível de financiamento público e multilateral para os países alcançarem suas metas climáticas. Além disso, no Acordo de Paris, compromisso mundial para reduzir as emissões de gases do efeito estufa responsáveis pelas mudanças climáticas, os países se comprometeram a trabalharem em prol de melhorar os seus sistemas MRV.

A agenda verde e de transição climática tem sido um dos eixos da gestão de Ilan Goldfajn, primeiro brasileiro a comandar o BID. Na semana passada, o banco assinou uma carta de intenções com o Banco do Brasil para a criação de uma parceria que prevê US$ 250 milhões (cerca de R$ 1,250 bilhão) em financiamento para impulsionar a bioeconomia da Amazônia no Brasil.

O potencial, contudo, é que a linha alcance US$ 1 bilhão (ou em torno de R$ 5 bilhões). Também nesta frente o foco é monitorar a contribuição dos projetos financiados em prol da preservação ambiental e da transição energética.

Fonte: Estadão

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