Deixar um arcabouço de projetos e reunir nações comprometidas em tirá-los do papel. Para Marina Grossi, presidente do CEBEDS, que é o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável, essa é a grande missão da COP 30 que acontece em novembro, no Pará.
‘Então agora é implementar essas ações que foram feitas, essas ações, o que foi decidido nas COPs. Então essa COP, que: olha como é que de fato eu vou fazer, não é mais o que eu incluo aqui. Eu incluo mercado de carbono, eu incluo isso, aquilo, não. Como é que eu faço isso que a gente acordou, que o mundo inteiro acordou?’
Desenvolver alternativas de financiamento das iniciativas climáticas é outro desafio. Segundo Rafael Dubeux, secretário-executivo adjunto do Ministério da Fazenda, o mundo enfrenta um momento difícil de doações para o clima e é preciso criar um fluxo permanente de financiamento. Daí surge a proposta de criação de um fundo que pretende arrecadar até 125 milhões de dólares.
‘A ideia é que a gente tenha um fundo com um aporte inicial de países ou de filantropias de algo em torno de 25 bilhões de dólares, que não é, como eu falei, uma doação. É um aporte dentro do fundo. Quem faz esse aporte vai continuar sendo remunerado, como se estivesse comprando um título do Tesouro dos Estados Unidos’.
A ideia do fundo é que os países em desenvolvimento que receberem o dinheiro do fundo sejam monitorados via satélite para garantir a preservação de florestas. Essa e outras discussões fizeram parte do COP 30 Amazônia, evento realizado pelo Valor e O Globo em parceria com a CBN. Essa série de eventos antecipa temas que devem fazer parte da conferência do clima.
Por Leopoldo Rosa
Fonte: CBN
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