Segundo o presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira, as agências do banco no Rio Grande do Sul podem ter seu horário de atendimento estendido para atender à demanda dos gaúchos pelos auxílios emergenciais do governo federal.
“Estamos reforçando as equipes de atendimento, que está sendo ágil. De certa forma, está tranquilo. Se for preciso, iremos aumentar o horário de atendimento”, disse Vieira ao ser perguntado sobre as filas em unidades do banco nesta quinta-feira (16), durante entrevista a jornalistas para comentar os números da Caixa no primeiro trimestre de 2024.
Por enquanto, a Caixa já liberou o saque do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) por calamidade a trabalhadores de 28 municípios do RS atingidos pelas fortes chuvas, entre eles Porto Alegre. O abono salarial do PIS/Pasep também já começou a ser pago para quem tem direito ao benefício, independente do mês de nascimento.
É possível solicitar o saque calamidade pelo aplicativo do FGTS, mas como muitos gaúchos estão sem energia elétrica ou acesso a internet, eles se dirigem às agências da CEF, formando filas.
Além do acesso ao benefício, muitos também vão às agências para tirar dúvidas ou abrir contas na Caixa para, então, poderem receber os demais auxílios anunciados pelo governo, como o saque antecipado do Bolsa Família de maio, que começa a ser pago nesta sexta-feira (17). O saque foi liberado sem necessidade de cartão ou documentos, caso os beneficiários tenham perdido nas enchentes.
Segundo o banco, 50 agências foram afetadas pelas chuvas no rio Grande do Sul. Parte delas já voltou a funcionar. Para a reforçar o atendimento, a estatal também disponibilizou cinco caminhões que funcionam como agências.
De acordo com Vieira, ao banco irá auxiliar o governo federal na identificação das famílias atingidas pela catástrofe em municípios acima de 50 mil habitantes, com geolocalização com base no endereço de residência. Em cidades com menos habitantes, todos serão contemplados pelos programas emergenciais.
O banco, no entanto, não deixou claro como será o pagamento dos demais auxílios, como o voucher de R$ 5.100 a famílias atingidas pela tragédia no Rio Grande do Sul para reposição de equipamentos e outros bens perdidos. Segundo Vieira, técnicos da Caixa e do governo federal estão reunidos para definir a logística.
Ainda de acordo o presidente da Caixa, a reconstrução do estado pode gerar R$ 20 bilhões em investimentos. “Vejo do lado da oportunidade”, disse.
Fonte: Folha de S. Paulo
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