Nesta segunda-feira (25), comemoramos o Dia da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha no Brasil, sendo considerado um marco da união de vozes de mulheres afrodescendentes de todo o continente. A data traz a reflexão a necessidade urgente de denúncia contra o racismo e machismo enfrentados por mulheres negras, não só nas Américas, mas também em todo o mundo.
A data foi instituída a partir do primeiro Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas ocorrido em 1992, em Santo Domingo, na República Dominicana. O evento reuniu mais de 300 representantes de 32 países para denunciar opressões e debater soluções para esta população.
No Brasil, a Lei 12.987/2014 estabeleceu a data como o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, que além de compartilhar dos princípios do Dia Internacional estabelecido em 1992, também tem o propósito de dar visibilidade para o papel da mulher negra na história brasileira, por meio da figura de Tereza de Benguela.
Segundo o pesquisador Gustavo Henrique Thomaz Ramos, Universidade Federal do Paraná (UFPR), Tereza foi a líder do Quilombo Quariterê, localizado na fronteira do Mato Grosso com a Bolívia, e, por 20 anos, liderou a resistência contra o governo escravista e coordenou as atividades econômicas e políticas do Quilombo. Tereza era de tal importância e magnitude que todos a tinham por “Rainha Tereza”.
Por iniciativa do movimento de mulheres negras, julho é um período de intensa mobilização pública – o Julho das Pretas – um momento especial em que movimentos e organizações celebram e visibilizam a trajetória de resistência das mulheres negras, propondo uma agenda colaborativa de atividades.
Fonte: UOL