O tráfico de mulheres e crianças é um dos problemas internacionais que mais movimenta dinheiro criminoso no mundo. De acordo com dados do Escritório das Nações Unidas para as Drogas e o Crime (UNODC), 80% das vítimas de tráfico humano para exploração sexual são meninas e mulheres. Como parâmetro, somente em 2016, foram registradas pela Polícia Federal 71 vítimas de tráfico humano para exploração sexual, todas mulheres.
No contexto mundial, o Brasil é caracterizado como um país de origem, trânsito e destino de pessoas traficadas, estando assim presente em todas as frentes desse mercado criminoso. As brasileiras são normalmente destinadas para o oeste europeu e para a China.
Mesmo sendo um problema gravíssimo, que envolve diversos países, a instituição de uma data de combate ao tráfico de mulheres e crianças é relativamente recente, tendo ocorrido em 1999. O dia 23 de setembro foi escolhido em lembrança da data em que a Argentina promulgou a “Lei Palácios”, que visava punir quem promovesse ou facilitasse prostituição e corrupção de menores.
Dentro dessa problemática também estão abarcados o trabalho forçado e a remoção de órgãos. Trata-se de uma indústria cruel que busca se aproveitar de pessoas marginalizadas na sociedade, como os imigrantes.