Se as mulheres nos EUA fossem pagas por seu trabalho de cuidadoras, elas ganhariam mais US$ 627 bilhões por ano, de acordo com uma nova análise.
As mulheres gastam, em média, cerca de 52 minutos por dia cuidando de crianças e outros membros da família, inclusive fora de casa, enquanto os homens gastam cerca de 26 minutos por dia cuidando de crianças, de acordo com uma análise publicada hoje pela ONG National Partnership for Women & Families, grupo de pesquisa e defesa das famílias trabalhadoras.
O relatório foi divulgado na véspera do Dia da Igualdade Salarial das Mães – que marca quanto tempo, em 2023, a mãe média dos EUA teve que trabalhar para ganhar o mesmo que um pai em 2022 – e destaca como o cuidar prejudica a mulher financeiramente.
As mães que trabalham normalmente ganham menos do que seus colegas homens, mesmo quando são arrimo de família, enquanto as mulheres que cuidam de outros membros da família também têm maior probabilidade de enfrentar contratempos na carreira, como reduzir suas horas de trabalho ou tirar uma licença .
Mulheres ocupam cargos de liderança no mercado
Essas desvantagens se somam a uma diferença salarial que custou às trabalhadoras americanas US$ 61 trilhões desde 1967 e que deverá durar até pelo menos 2056, se for mantido o atual ritmo de progresso dos esforços para alcançar a igualdade de remuneração.
“Homens e mulheres estão fazendo muito, mas queríamos mostrar essa diferença: as mulheres estão cuidando mais e são mais propensas a cuidar”, disse Katherine Gallagher Robbins, membro sênior da NPWF e uma das autoras do relatório, que examinou dados de 2022 do US Bureau of Labor Statistics (secretaria de Estatísticas Trabalhistas dos EUA). “Cuidar é algo que as pessoas fazem por amor. Mas isso não significa que não seja caro.”
Uma análise de 20 anos de 800.000 relatórios de rendimentos mostra que, independentemente do salário ou da educação, todas as mães são atingidas pela chamada penalidade da maternidade. Em média, elas perdem cerca de US$ 8.000 por ano com o nascimento do primeiro filho, enquanto a renda dos pais não sofre um impacto significativo. As disparidades salariais também são piores para mães de cor e mães solteiras.
Fonte: O Globo
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