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‘A partir de 2024, com avaliação de políticas públicas, falaremos de corte de gastos’, diz Tebet

postado Assessoria

ministra do PlanejamentoSimone Tebet, afirmou nesta terça-feira, 12, que a avaliação de políticas públicas vai garantir que o governo possa tratar também do corte de gastos a partir do próximo ano. Ela voltou a dizer que, para o atual momento, sua preocupação é com a qualidade do gasto público, e não com as “tesouradas”.

“Eu que sou mais fiscalista e liberal não tenho preocupação nesse ano com corte de gastos públicos. Agora é hora de pensarmos na qualidade (…) E a partir do ano que vem, com a secretária de avaliação de políticas públicas, nós começaremos a falar também de cortes”, disse Tebet, para quem a equipe econômica tem “muita frente” a partir do próximo ano para garantir a meta de déficit zero, não apenas pelo lado da arrecadação.

A equipe econômica tem recebido críticas por propor um ajuste fiscal focado no aumento de receitas. A Fazenda conta com uma arrecadação extra de R$ 168 bilhões no ano que vem para conseguir zerar o rombo das contas públicas.

Tebet destacou a criação de grupos de trabalho que vão se debruçar sobre a qualidade do gasto em políticas como o Bolsa Família, além dos benefícios previdenciários e do BPC.

“Lembrando que já tomamos duas medidas que já são públicas. Hoje baixei portaria criando grupo de trabalho para a terceira, onde os ministérios estão envolvidos não só na análise de fraudes e erros do Bolsa Família, como também o grupo de trabalho para enfrentar a denúncia pelo TCU em relação a possíveis erros e fraudes nos benefícios previdenciários de BPC, aposentadoria”, disse Tebet.

“A esteira da receita tem que andar de forma mais acelerada nesse ano, mas a partir do ano que vem a esteira do controle, da qualidade de gastos, vai andar na mesma velocidade da esteira da receita”, afirmou Tebet, que reforçou na entrevista a capacidade de trabalho conjunto entre o Planejamento e a Fazenda.

“Equipe econômica do governo Lula tem autonomia para trabalhar e sabe onde quer chegar”, disse a ministra, ressaltando ainda sua relação com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. “Aquilo que nos une é infinitamente maior do que o que nos separa. Haddad tem capacidade de ouvir com muita educação e equilíbrio, e isso nos une”, afirmou.

Fonte: Estadão

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