O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) passará a oferecer condições de parcelamento para dívidas de até R$ 20 mil no programa Desenrola Brasil a partir desta segunda-feira (20).
Pelas regras do programa, as operações podem ser divididas em até 60 prestações mensais, com juros de até 1,99% ao mês. Até então, as dívidas de até R$ 20 mil, com o desconto ofertado, tinham de ser pagas à vista.
Nesta etapa, podem ser repactuadas dívidas bancárias e não bancárias —como contas atrasadas de luz e água— que foram negativadas entre 2019 e 2022. Os descontos médios nas dívidas são de 83%, mas podem atingir até 99%.
Para estimular as renegociações, o governo também promoverá na próxima quarta (22) um mutirão. A ideia do “Dia D – Mutirão Desenrola” é ampliar o alcance da iniciativa para que os brasileiros aproveitem as condições oferecidas pelo programa até 31 de dezembro.
Na quarta, os bancos vão aumentar os horários de atendimento de parte de suas agências. A mobilização será feita em parceria com instituições privadas e públicas, como Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, e demais entidades credoras participantes do programa.
Quando o Desenrola foi lançado, em 17 de julho, o governo dizia esperar a renegociação de R$ 50 bilhões pelo programa até o fim do ano. Até agora, ele atendeu cerca de 2,7 milhões de brasileiros, o que representa em torno de R$ 20 bilhões em dívidas renegociadas.
Como contrapartida para participar do programa, os principais bancos realizaram a retirada automática de 10 milhões de registros de dívidas até R$ 100 dos cadastros de inadimplentes.
Em outubro, o enfoque do programa passou a ser o atendimento de pessoas com dívidas de até R$ 5 mil e renda de até dois salários mínimos (R$ 2.640) ou inscritas no CadÚnico –Cadastro Único de programas sociais.
Na primeira etapa, o programa era voltado a pessoas com renda mensal de até R$ 20 mil e cujas dívidas bancárias foram inscritas em cadastros de inadimplentes até 31 de dezembro de 2022. As renegociações dessa faixa eram realizadas diretamente com os bancos credores.
O Desenrola permite a renegociação de dívidas sem entrada imediata, assim como a utilização da primeira parcela do 13º salário para solucionar pendências e começar a pagar os débitos a partir de dois meses, ou seja, em 2024.
Na terça-feira (21), o ministro Fernando Haddad (Fazenda) se junta ao presidente Lula em sua live semanal para comentar a iniciativa e para divulgar as ações previstas para o mutirão do Desenrola.
A renegociação pelo Desenrola só pode ser feita por meio da autenticação da conta gov.br nível prata ou ouro para garantir a segurança das informações. Quem não tem conta gov.br tem de se cadastrar. É gratuito. Clique aqui para saber como criar uma conta.
Fonte: Folha de S. Paulo
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