O Itaú Unibanco teve um lucro recorrente de R$ 10,675 bilhões no terceiro trimestre deste ano. O resultado, divulgado nesta segunda-feira (4), é 18% maior do que o registrado no mesmo período de 2023 e 6% acima do trimestre passado.
O dado veio levemente acima da média das expectativas de analistas consultados pela Bloomberg, de R$ 10,37 bilhões.
O ROE (retorno recorrente sobre o patrimônio líquido médio anualizado), indicador de rentabilidade do banco, foi de 22,4% no segundo trimestre para 22,7% no terceiro.
A margem financeira do banco, por sua vez, somou R$ 28,5 bilhões no período, ganho anual de 8,5% e, trimestral de 3,1%.
Já a carteira de crédito terminou setembro a R$ 1,278 trilhão, alta de 9,9% ante 2023 e de 1,9% em comparação com o segundo trimestre de 2024, puxada por empréstimos a micro, pequenas e médias Empresas.
Os empréstimos a pessoas físicas cresceram 5,1% em 12 meses e 2,5% em três meses, puxados pelos segmentos de veículos; crédito pessoal e crédito imobiliário.
Ao divulgar o balanço, o banco também comunicou que revisou sua projeção de crescimento para a carteira de crédito deste ano de 6,5% a 9,5% para 9,5% a 12,5%.
Apesar do aumento na concessão de crédito, a inadimplência do banco voltou a cair, após ficar estável no trimestre passado. O índice de atrasos acima de 90 dias do Itaú Unibanco ficou em 2,6% em setembro, queda de 0,1 ponto percentual em relação a junho e de 0,4 em 12 meses.
“Conseguimos, em mais um trimestre, expandir nossa carteira de crédito e controlar nossos riscos. Essa
dinâmica tem nos permitido entregar resultados muito consistentes em todos os nossos indicadores financeiros, mantendo a expansão dos nossos negócios e investimentos em tecnologia, nos nossos canais digitais e em todas as iniciativas voltadas para melhorar a experiência dos nossos clientes”, disse Gabriel Amado de Moura, diretor financeiro do Itaú Unibanco, em comunicado.
A PDD (provisão para créditos de liquidação duvidosa) somou R$ 8,56 bilhões, queda anual de 7,1% e trimestral de 7,9%, com um aumento na recuperação de créditos baixados como prejuízo.
As receitas de serviços e seguros cresceram 6,8% no terceiro trimestre de 2024 em comparação com o mesmo período de 2023, mas apenas 0,2% em relação ao período imediatamente anterior. Essa frente foi impulsionada por um maior faturamento de crédito em emissão de cartões, pelo aumento dos ganhos com administração de fundos, por maiores volumes em assessoria econômico-financeira e corretagem, e pelo crescimento do resultado de seguros em função do aumento dos prêmios ganhos.
As despesas não decorrentes de juros alcançaram R$ 15,9 bilhões no terceiro trimestre de 2024, com aumento de 8,2% em relação ao mesmo período do ano anterior e de 5,8% em relação ao segundo trimestre deste ano.
Fonte: Folha de S.Paulo
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