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Brasil fica em 2º no ranking de maiores juros reais do mundo após decisão do Copom; veja lista

País manteve a posição registrada em julho. O topo do ranking segue com a Turquia, conforme levantamento do MoneYou.

postado Maria Clara
© RAFA NEDDERMEYER/AGÊNCIA BRASIL

O Brasil continua a ter o segundo maior juro real do mundo após o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC) decidir nesta quarta-feira (17) manter a taxa Selic em 15% ao ano.

O juro real é formado, entre outros pontos, pela taxa de juros nominal subtraída a inflação prevista para os próximos 12 meses. Assim, segundo levantamento compilado pelo MoneYou, os juros reais do país ficaram em 9,51%.

Em relatório divulgado nesta quarta-feira, o MoneYou ressaltou que o Brasil ainda enfrenta incertezas inflacionárias, devido às preocupações com os gastos do governo e aos desafios da guerra tarifária de Donald Trump — o que impacta as decisões sobre juros.

A Argentina, que havia registrado um juro real de 6,70% na última medição da MoneYou — ficando na 3ª posição do ranking de julho — caiu para a 6ª posição em setembro, empatada com a Índia, com um juro real de 3,54%.

Veja abaixo os principais resultados da lista de 40 países.

Selic inalterada

Nesta quarta-feira, o Copom anunciou sua decisão de manter a taxa básica de juros inalterada na faixa de 15% ao ano.

Com isso, a Selic segue no maior patamar em quase 20 anos — em julho de 2006, no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a taxa estava em 15,25%.

O anúncio desta quarta-feira marca a segunda decisão seguida pela manutenção da Selic. Na reunião anterior, em julho, a autoridade monetária interrompeu o ciclo de alta de juros.

Selic: a trajetória da taxa básica de juros

Em % ao ano Juros nominais

Considerando os juros nominais (sem descontar a inflação), a taxa brasileira caiu da segunda para a quarta posição.

Veja abaixo:

  1. Turquia: 40,50%
  2. Argentina: 29,00%
  3. Rússia: 17,00%
  4. Brasil: 15,00%
  5. Colômbia: 9,25%
  6. México: 7,75%
  7. África do Sul: 7,00%
  8. Hungria: 6,50%
  9. Índia: 5,50%
  10. Indonésia: 5,00%
  11. Filipinas: 5,00%
  12. Polônia: 4,75%
  13. Chile: 4,75%
  14. Hong Kong: 4,75%
  15. Israel: 4,50%
  16. Estados Unidos: 4,25%
  17. Reino Unido: 4,00%
  18. Austrália: 3,60%
  19. República Tcheca: 3,50%
  20. Nova Zelândia: 3,00%
  21. China: 3,00%
  22. Malásia: 2,75%
  23. Canadá: 2,75%
  24. Coréia do Sul: 2,50%
  25. Alemanha: 2,15%
  26. Áustria: 2,15%
  27. Espanha: 2,15%
  28. Grécia: 2,15%
  29. Holanda: 2,15%
  30. Portugal: 2,15%
  31. Bélgica: 2,15%
  32. França: 2,15%
  33. Itália: 2,15%
  34. Suécia: 2,00%
  35. Taiwan: 2,00%
  36. Dinamarca: 1,60%
  37. Tailândia: 1,50%
  38. Cingapura: 1,37%
  39. Japão: 0,50%
  40. Suíça: 0,00%

Por André CattoJanize Colaço, g1

Fonte:G1

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