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Acompanhe os projetos sobre combate a fake news e regulação de redes sociais

Senado debate projetos para combater desinformação nas plataformas digitais

postado Maria Clara

Do impacto da desinformação nas eleições e na saúde pública aos desafios da inteligência artificial, senadores e deputados analisam propostas que tratam do combate a crimes cibernéticos, da regulação das redes sociais e da disseminação de conteúdo falso por meio das plataformas digitais.

Para que você entenda o que está em discussão, preparamos um panorama com os projetos, seus objetivos e o estágio atual de tramitação.

Combate à desinformação e fake news 
PLS 218/2018
*Antonio Carlos Valadares (PSB/SE)
Propõe que a propaganda do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nos anos eleitorais informe sobre os riscos e sanções da divulgação de fake news. O objetivo é combater a desinformação no período eleitoral.
>>Aprovado pelo Senado em 2020, aguarda parecer na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados.
*senador fora de exercício
PL 2.922/2020
Fabiano Contarato (PT-ES)
Proíbe anúncios publicitários em sites que disseminam desinformação e discursos de ódio, para combater fake news e restringir o financiamento dessas páginas. A aprovação da proposta pode fortalecer o combate à desinformação na internet ao limitar a monetização de conteúdos prejudiciais.
>>Em análise na Comissão de Comunicação e Direito Digital.
PL 632/2020
Jorge Kajuru
(PSB-GO)
Propõe alterar as leis de Crimes de Responsabilidade e de Improbidade Administrativa para criminalizar a divulgação, por agentes públicos, de informações falsas, difamatórias ou sem fundamento. O objetivo é combater a desinformação vinda de autoridades, protegendo a administração pública e a confiança nas instituições.
>>Em análise na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).
CPI da Pandemia
Altera o Marco Civil da Internet e a Lei de Lavagem de Dinheiro para combater a criação e disseminação de fake news online. Propõe responsabilizar plataformas digitais e impedir o uso do sistema financeiro para financiar desinformação.
>>Em análise na Comissão de Comunicação e Direito Digital (CCDD).
PL 2.630/2020
Alessandro Vieira
(MDB-SE)
Estabelece normas relativas à transparência de redes sociais e de serviços de mensagens privadas, sobretudo no tocante à responsabilidade dos provedores pelo combate à desinformação e pelo aumento da transparência na internet, à transparência em relação a conteúdos patrocinados e à atuação do poder público, bem como estabelece sanções para o descumprimento da lei.
>> Aprovado pelo Senado em 2020. Em análise na Câmara dos Deputados.
Desinformação em saúde
Angelo Coronel (PSD/BA)
Criminaliza a recusa injustificada à vacinação obrigatória e a divulgação de notícias falsas sobre vacinas, visando combater a desinformação e proteger a saúde pública.
Estão anexados os seguintes projetos: PLS nº 25/2021, 13/2021, 15/2021, 505/2021 e 1.140/2021 (altera o Código Penal para punir profissional de saúde que deixa de aplicar vacina ou simula sua aplicação em pessoa que se submete à imunização).
>>Em análise na Comissão de Assuntos Sociais (CAS).
Jorge Kajuru
(PSB-GO)
Propõe alterar o Código Penal para criminalizar a divulgação de informações falsas sobre vacinas, independentemente do meio utilizado. O objetivo é combater o movimento antivacina e proteger a saúde pública, especialmente em contextos de pandemia, fortalecendo o Plano Nacional de Imunização.
>>Em análise na Comissão de Assuntos Sociais (CAS).
CPI da Pandemia
Criminaliza a criação e divulgação de fake news, especialmente em saúde pública, para proteger a coletividade.
>>Em análise na Comissão de Assuntos Sociais (CAS).
Crimes digitais e ofensas on-line
Angelo Coronel
(PSD-BA)
Propõe criminalizar calúnia, difamação e injúria praticadas pela internet, com penas de três a seis anos e multa, além de aumentar as sanções para crimes contra a honra já previstos no Código Penal. Também determina que o foro competente para esses casos seja o domicílio do autor e amplia o combate a organizações que disseminam desinformação on-line.
>>Em análise na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).
Angelo Coronel
(PSD-BA)
Aumenta as penas para crimes praticados por grupos ou redes de disseminação na internet e define novos crimes digitais, eleitorais e de improbidade. O objetivo é fortalecer o combate a crimes no ambiente virtual.
>> Em análise na Comissão de Comunicação e Direito Digital (CCDD).
Carlos Fávaro
(PSD-MT)
Propõe agravar penas para calúnia, difamação e injúria, especialmente quando cometidas por meio da internet. A justificativa é a necessidade de atualizar o Código Penal frente aos novos meios de propagação de ofensas.
>>Em análise na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).
Desinformação eleitoral e democracia
Jorge Kajuru
(PSB-GO)
Propõe alterar a Lei de Inelegibilidades para tornar inelegíveis aqueles que, de forma repetida e sem provas críveis, fizerem, replicarem ou divulgarem acusações ou suspeitas sobre a integridade das urnas eletrônicas e do processo eleitoral.
>>Em análise na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).
Soraya Thronicke
Podemos-MS
Reduz, em atenção à proporcionalidade, a pena do crime de fake news eleitoral, de reclusão de dois a oito anos e multa, para detenção de seis meses a dois anos e multa.
>> Em análise na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).
Regulação de conteúdo on-line
Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa
Altera o Marco Civil da Internet para combater fake news e conteúdos ofensivos on-line. Permite que qualquer cidadão peça a remoção desses conteúdos e prevê multa diária pelo descumprimento de decisões judiciais. Foi apresentado pelo programa Jovem Senador e aprovado pela CDH.
>>Em análise na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).
Veneziano Vital do Rêgo
(MDB-PB)
Altera a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) para instituir regras mais rígidas para a comercialização, fornecimento e compartilhamento de dados pessoais por redes sociais, além da criação de uma Taxa de Fiscalização de Aplicações de Redes Sociais.
>>Em análise na Comissão de Comunicação e Direito Digital (CCDD).
Alessandro Vieira
(MDB-SE)
Cria regras para a proteção de crianças e adolescentes em ambientes digitais. A proposta prevê obrigações para as plataformas digitais e controle de acesso por parte de pais e responsáveis. Promete também combater a chamada adultização de crianças nas redes sociais.
>>Aguarda a sanção presidencial.
Jorge Seif
(PL-SC)
Trata da moderação de conteúdo e do direito à existência digital. O projeto propõe dificultar a exclusão arbitrária de publicações e a suspensão de contas em plataformas, incluindo no Marco Civil da Internet o conceito de “existência da pessoa no âmbito digital”.
>>Em análise na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH).
Carlos Viana (Podemos-MG)
A proposta proíbe que agentes políticos ganhem dinheiro com a publicação de conteúdo em redes sociais, sites, blogs ou outros aplicativos de internet. A medida também inclui essa prática como ato de improbidade administrativa (ato ilegal ou contrário à ética praticado por um agente público).
>>Aguarda despacho para as comissões.
Inteligência artificial
PL 2.338/2023
Rodrigo Pacheco (PSD/MG)
Regulamenta o uso da Inteligência Artificial no Brasil.
>> Aprovado pelo Senado em 2024. Em análise na Câmara dos Deputados.
PRS 93/2023
Angelo Coronel
(PSD-BA)
Institui a Frente Parlamentar Mista da Inteligência Artificial, Tecnologia da Informação, Segurança Cibernética e Combate à Desinformação (Frente Parlamentar da Segurança Digital).
>> Em análise na Comissão de Comunicação e Direito Digital (CCDD).
Educação midiática e letramento digital
PL 1.010/2025
Teresa Leitão
(PT-PE)
A proposta estabelece normas nacionais para a educação midiática e digital, visando enfrentar a desinformação, conteúdos falsos e discursos de ódio. Ela inclui a promoção de habilidades críticas e investigativas, proteção de dados pessoais e uso ético de tecnologias, além de tornar obrigatória a educação midiática e digital em escolas de ensino fundamental e médio.
>> Aguarda despacho.
Direito do consumidor em ambiente digital
PL 97/2020
Ciro Nogueira
(PP-PI)
Altera o Código de Defesa do Consumidor para determinar que ofertas publicitárias em redes sociais devam conter o preço de produto ou serviço ofertado e impedir que sejam feitas ofertas distintas a depender do perfil do consumidor na rede social, considerando crime a violação a esta previsão.
>>Em análise na Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor.

Fonte: Secretaria Geral da Mesa do Senado/ atualizado em 23/9/25. 

Fonte: Senado Verifica

www.contec.org.br

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