Em meio a um cenário desafiador para o agronegócio e perspectivas cada vez mais desanimadoras para os resultados, o Banco do Brasil (BBAS3) decidiu dar uma guinada e reestruturar a liderança da área rural do banco.
Na noite de terça-feira (22), o banco anunciou a indicação de Gilson Alceu Bittencourt para o cargo de novo vice-presidente de Agronegócios e Agricultura Familiar.
Bittencourt assumirá a posição no lugar de Luiz Gustavo Braz Lage, que ocupa o cargo desde maio de 2023 e continuará à frente da divisão até a oficialização do novo indicado.
O processo de elegibilidade segue em andamento nas instâncias de governança antes de passar para a eleição final pelo conselho de administração do banco.
De acordo com o Banco do Brasil, a mudança está alinhada à estratégia da instituição de buscar maior eficiência, inovação e geração de valor.
“A indicação segue nosso foco em alinhar perfis de liderança às exigências de cada negócio em que atuamos, ressaltando em especial o atual cenário e os desafios que temos para manter e ampliar o protagonismo do BB no agro”, afirmou a CEO do banco, Tarciana Medeiros, em nota.
Segundo a presidente do BB, Gilson Bittencourt traz consigo uma “larga experiência” no desenvolvimento do agronegócio e da agricultura familiar no Brasil.
Graduado em Agronomia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), Bittencourt atualmente ocupa o cargo de subsecretário de política agrícola e negócios agroambientais do Ministério da Fazenda e é membro do conselho da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Antes disso, o executivo também atuou como membro do comitê de auditoria da BrasilPrev, da BB Seguridade e da Embrapa, além de ter integrado o conselho fiscal da BrasilCap e da Caixa Econômica Federal.
Essa não é a única mudança do Banco do Brasil (BBAS3)
Em uma verdadeira dança das cadeiras, o Banco do Brasil também realizou outras cinco alterações em áreas importantes do conglomerado do banco.
As mudanças incluem os presidentes da BB Asset, BB Seguridade (BBSE3), Brasilseg, BB Américas e da BBTS.
No entanto, assim como para a liderança da divisão de agronegócio, o processo de elegibilidade para estas nomeações ainda está em trâmite nas instâncias de governança do Banco do Brasil.
Não é só o agro: Outro fator pode piorar ainda mais situação do BB
O Banco do Brasil (BBAS3) sofreu um grande baque no primeiro trimestre, com queda de 20% no lucro e frustração com a rentabilidade.
Um dos principais vilões foi o agronegócio, em meio à piora da inadimplência de produtores que entraram em recuperação judicial.
Porém, outro segmento também pode impactar os resultados do banco, segundo o Safra: os empréstimos para empresas.
“Acreditamos que o mercado está focando principalmente no risco do agronegócio, dado o recente agravamento evidenciado pelos dados do Banco Central. Ainda assim, pode estar negligenciando uma ameaça bastante relevante neste trimestre: o crédito corporativo”, apontam os analistas.
Fonte: Seu Dinheiro
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