Na noite desta segunda-feira, dia 02, os bancários pertencentes à base de Mossoró e Região reuniram-se em assembleia extraordinária para debaterem e deliberarem sobre a 10ª proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos ao movimento sindical.
A assembleia foi iniciada pela fala do coordenador geral, Assis Neto, que, após os cumprimentos de praxe, abordou aspectos da campanha salarial atual, traçando um paralelo com campanhas passadas, elencando a virtualização bancária e o fim da ultratividade como dificultadores da mobilização da categoria.
Após as considerações iniciais, a palavra foi facultada à categoria e vários bancários falaram sobre aspectos prejudiciais aos trabalhadores, como, por exemplo, o formato das rodadas de negociações no qual os temas econômicos somente são definidos nas últimas reuniões do mês de agosto, fim do período de campanha.
Outro ponto criticado é o pouco interesse de grande parte da categoria em discutir e definir o seu próprio destino profissional, haja vista a pouca presença de bancários e bancárias nas movimentações. Muitos dos que compareceram à assembleia relataram que foram abordados por outros colegas sobre a insatisfação com a proposta, mas que estes não se fizeram presentes para votarem pela aceitação ou não da proposta.
O bancário Heriberto Souza, da Caixa Econômica, propôs uma nota de repúdio à forma como os comandos de negociação e confederações conduziram as negociações, sem um calendário de mobilização definido e, por fim, tentando influenciar a autonomia das assembleias desestimulando uma eventual desaprovação da proposta apresentada pelos banqueiros.
Falaram e debateram ainda os bancários Fagner, Andrey, Daniel Solano e Dayanny Mendonça, do Banco do Brasil, Altamir Almeida do Itaú-Unibanco, Ismar Nogueira e Paulo César Oliveira, da Caixa Econômica Federal, além de várias intervenções de outros(as) colegas.
Antes da votação, os coordenadores Daniel Solano e Sidney Viana leram as respectivas cláusulas sociais e trabalhistas dos Acordos Coletivos de Trabalho – ACT’s do Banco do Brasil e da Caixa, salientando o grande avanço neste aspecto da negociação.
Assis Neto, coordenador-geral, leu os avanços da minuta apresentada pelo Banco do Nordeste, com destaque para o aumento significativo no percentual da PLR destinada aos funcionários – de 25% para 48% do montante de dividendos, matéria há muito reivindicada pelos colegas daquela instituição. (Veja Aqui)
O coordenador leu também a minuta apresentada para a Convenção coletiva de Trabalho – CCT e destacou que, mesmo diante de uma proposta financeira insuficiente para a categoria, o avanço social é significativo se comparada à Consolidação das Leis Trabalhistas brasileira.
A proposta foi colocada em votação e 47,5% dos presentes votaram pela aprovação, contra 40% que votaram pela desaprovação. 12,5% se abstiveram de votar justificando que, mesmo não concordando com os índices apresentados, reconhecem a falta de interesse ou disposição de luta de grande parte da categoria na busca de mais avanços na proposta.
Além disso, foi aprovada a Contribuição Negocial 2024/2025, para os bancários da base de atuação sindical de Mossoró e Região, por 95% dos presentes.
A Diretoria Executiva alerta os trabalhadores e trabalhadoras bancárias que as negociações sobre temas específicos e mesas temáticas nunca param, e que a interação de todos é muito importante, seja votando, participando de reuniões, assembleias, cobrando, reivindicando e contribuindo para uma atuação forte e precisa de seus representantes, em todas as esferas sindicais, sejam elas locais, regionais ou nacional.
Fonte: SINTEC Mossoró e Região
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