Dados vinculados a chaves Pix de cerca de 11 milhões de pessoas foram expostos após acessos indevidos ao Sisbajud (Sistema de Busca de Ativos do Poder Judiciário), operado pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça). O incidente de segurança foi comunicado pelo Banco Central na noite desta quarta-feira (23).
De acordo com o CNJ, o acesso indevido ocorreu entre os dias 20 e 21 por meio da captura criminosa de credenciais de usuários. O órgão do Judiciário disse também que o incidente foi prontamente corrigido, que o sistema já está em plena operação e que as medidas de contenção foram adotadas.
Segundo os dois órgãos, não foram expostos dados sensíveis, como senhas, saldos, extratos ou informações sob sigilo bancário. “As informações obtidas são de natureza cadastral, que não permitem movimentação de recursos, nem acesso às contas ou a outras informações financeiras”, disse o BC em nota.
Eles comunicaram que foram acessadas exclusivamente informações cadastrais, como nome da pessoa, chave Pix, nome do banco, número da agência e número da conta. De acordo com o CNJ, os dados expostos não permitem fazer movimentações ou transferências financeiras nem acessar contas bancárias. “Não houve qualquer comprometimento à integridade do sistema bancário”, acrescentou.
O BC afirmou que foram adotadas as ações necessárias para a apuração detalhada do caso e que o CNJ informará em seu site sobre canal para consulta, por parte dos cidadãos, de eventual dado exposto.
O órgão do Judiciário ressaltou ainda que, assim que o incidente foi detectado, reforçou os protocolos de segurança e notificou a Polícia Federal e a ANPD (Autoridade Nacional de Proteção de Dados), conforme exige a legislação brasileira.
“O CNJ reafirma seu compromisso com a segurança da informação, a transparência e a proteção dos dados dos cidadãos, e continuará trabalhando com todos os órgãos competentes para manter a confiança e a segurança de seus sistemas”, afirmou em nota.
Fonte:Folha de SP
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