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Depois de Itaú, Santander antecipa planos e acaba com transferências por DOC

postado Assessoria

O Santander antecipou a desativação das transferências via DOC (Documento de Ordem de Crédito) e esse serviço já não aparece para vários correntistas no aplicativo do banco. A instituição havia comunicado o fim do sistema em julho, mas na ocasião informou que o encerramento ocorreria a partir de setembro.

Alguns dos clientes receberam notificações no celular sobre o fim do DOC. Outros, quando vão efetuar uma transferência para contas de outro banco, recebem o aviso: “A transferência via DOC foi descontinuada, utilize a TED (Transferência Especial de Crédito) para suas transferências”. “As transações agendadas serão mantidas e concluídas.”

Segundo o Santander, a opção já foi desativada para todos os clientes.

Em maio, a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) divulgou que os bancos associados à entidade deixariam de oferecer as operações de transferência via DOC até 29 de fevereiro de 2024. O serviço será desativado para pessoas físicas e jurídicas.

O Itaú informou à Folha que já havia encerrado esse tipo de transação em janeiro –antes, portanto, do anúncio da federação. Mas seus clientes continuam recebendo transferências via DOC, uma vez que outras instituições ainda oferecem o serviço.

É incerta a quantidade de bancos que já começaram a desativação. No app do Inter, por exemplo, não aparece a opção DOC ao programar uma transferência. Já nos do Banco do Brasil e do Bradesco, sim. Questionada, a Febraban disse que não monitora o andamento.

As transferências feitas por meio do DOC são efetivadas um dia depois de o banco receber a ordem e são limitadas a R$ 4.999,99.

Já o TED permite transferência com valores acima de R$ 5.000. Se a transação ocorrer até as 17h, o dinheiro entra na conta no mesmo dia, caso contrário só no próximo dia útil. O DOC, por sua vez, cai na conta no dia útil seguinte ou em até dois dias úteis em caso de finais de semana, feriados ou realizado após às 22h.

Os bancos mantêm diferentes tarifas por essas transações em seus diferentes canais de atendimento ao cliente.

O DOC foi criado pelo Banco Central em 1985, mas perdeu espaço para formas mais rápidas e mais baratas de transferência de recursos. Não à toa, o uso dessas operações caiu muito nos últimos anos, principalmente após o lançamento do PIX, em novembro de 2020.

Segundo a Febraban, as transações via DOC em 2022 somaram 59 milhões de operações, apenas 3,7% do total de operações feitas no ano. O serviço ficou bem atrás dos cheques (202,8 milhões), TED (1,01 bilhão), boleto (4 bilhões), cartão de débito (15,6 bilhões), cartão de crédito (18,2 bilhões) e do PIX (24 bilhões).

Fonte: Folha de S. Paulo

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