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Golpe do Pix engana comerciantes com aplicativo falso de banco

postado Assessoria

Comerciantes devem ficar atentos a um novo golpe: o do aplicativo falso de banco. O golpista instala o app em seu celular e, ao comprar o produto pessoalmente, mostra um comprovante de pagamento por Pix, mas o dinheiro não chega na mão do lojista.

“São fraudes de pequeno valor e que se aproveitam da desatenção do atendente”, diz o pesquisador argentino da Kaspersky Leandro Cuozzo.

Ele encontrou esses apps, que surfam na popularidade dos pagamentos instantâneos na América Latina, em países como Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia e Peru.

A interface é feita para iludir o comerciante —há solicitação de senha, carregamento do Pix, geração de um comprovante e até notificação mostrando a conclusão da transação. Para evitar o golpe, lojistas devem redobrar a atenção com comprovantes e checar se o dinheiro caiu na conta, de fato.

No Brasil, um dos distribuidores deste app falso é o grupo criminoso “Gringo_171”. A quadrilha oferta aplicativos que imitam Nubank, banco Inter, Mercado Pago, Caixa, Itaú, C6, entre outros.

Os bancos também são vítimas do esquema, que furta a identidade da empresa para usá-la como fonte de credibilidade.

Procurada, a Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) diz que a entidade e seus bancos associados têm investido “constantemente e de maneira massiva” em campanhas de conscientização e esclarecimento à população por meio de ações de marketing em TVs, rádios, redes sociais e comunicados à imprensa sobre os golpes mais comuns e dicas sobre como evitá-los.

A quadrilha está presente em Telegram, TikTok, Instagram e YouTube. Todos esses sites afirmam proibir práticas que visam enganar o usuário, para gerar ganhos financeiros —o que é tipificado como estelionato na lei brasileira.

O Telegram diz que monitora ativamente “conteúdo prejudicial” e removeu o canal mencionado do ar, após contato da reportagem.

Procurado, o YouTube diz que analisou os vídeos enviados pela reportagem e os removeu por infrações às normas de uso, como divulgar conteúdos que incentivam atividades ilegais ou que sejam destinados a se passar por outra pessoa. A plataforma diz ter removido mais de 8,2 milhões vídeos por violações de janeiro a março deste ano.

O TikTok também bloqueou a conta da quadrilha, após aplicar os critérios de moderação vigentes na plataforma.

Fonte: Folha de S. Paulo

www.contec.org.br

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