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Greve de pilotos e comissários entra no 3° dia sem avanço nas negociações; voos sofrem atrasos

postado Assessoria

greve dos pilotos e comissários que teve início nesta semana entra no seu terceiro dia nesta quarta-feira, 21. As paralisações ocorrem todos os dias, das 6h às 8h, em nove dos principais aeroportos do País.

Por volta das 9h, os painéis de voos, disponíveis nos sites dos aeroportos, mostravam que havia voos atrasados em Congonhas (São Paulo; 1 voo), Santos Dumont (Rio; 1 voo), Brasília (5 voos), Rio-Galeão (Rio; 4 voos), Fortaleza (2 voos), Guarulhos (São Paulo; 1 voo) e Porto Alegre (1 voo). Ainda havia atraso meteorológico em Santos Dumont (2 voos).

Também havia voos cancelados em Congonhas (16 voos), Santos Dumont (24 voos), Brasília (2 voos), Porto Alegre (2 voos) e Viracopos (Campinas-SP; 2 voos). O Aeroporto de Confins, em Belo Horizonte, estava com o painel fora do ar.

A Infraero informou que, no período das 6h às 8h, que coincide com o momento de paralisação dos aeronautas, foram registrados 9 atrasos e 12 cancelamentos de voos no Aeroporto de Congonhas e 14 atrasos e 19 cancelamentos no Aeroporto Santos Dumont. A estatal destaca que os motivos de atrasos e cancelamentos podem variar, não sendo necessariamente relacionados à greve.

A GRU Airport, concessionária que administra o Aeroporto de Guarulhos, afirmou que, até por volta das 8h45, o aeroporto registrava 4 voos atrasados e nenhum cancelado devido à paralisação dos aeronautas. A concessionária orienta os passageiros a procurar as companhias aéreas para saber o status dos voos.

O RIOgaleão informou que registrou quatro voos atrasados nesta manhã até o momento.

O Aeroporto de Brasília afirmou que, tanto por conta da greve como por condições meteorológicas adversas, registrou, até às 9h, dez voos com decolagens atrasadas e também sete pousos com atrasos. Três voos foram cancelados, todos eles por motivos meteorológicos.

O movimento dos tripulantes reivindica recomposição das perdas inflacionárias e ganho real dos salários, “tendo em vista os altos preços das passagens aéreas que têm gerado crescentes lucros para as empresas”, segundo o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA). Outra reivindicação da categoria é que os horários de descanso de pilotos e comissários sejam respeitados pelas companhias aéreas. Por determinação do Tribunal Superior do Trabalho (TST), a greve pode atingir somente 10% dos funcionários das empresas.

O SNA afirma que não houve avanço nas negociações com as companhias aéreas. Em transmissão ao vivo pelo Youtube na terça-feira, 20, Henrique Hacklaender, diretor presidente do SNA, afirmou que o movimento irá continuar até que as demandas sejam solucionadas.

“Tivemos um primeiro dia muito bom, um segundo dia que vem crescendo, vem melhorando cada vez mais. E vamos para um terceiro, para um quarto, para um quinto. Quantos forem necessários. As empresas não se posicionaram, não apresentaram nada até o momento e nós precisamos chegar em uma resolução”, afirmou. Hacklaender ainda destacou que as reivindicações dos tripulantes são justas e plausíveis.

Em nota divulgada também na terça-feira, o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) destacou que o preço das passagens aéreas foi fortemente impactado por conta da pandemia e que houve aumento dos custos para as empresas, que, segundo o sindicato, acumulam prejuízo.

Também ressaltou que no último fim de semana, as companhias aéreas acataram uma proposta de mediação elaborada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), mas a proposta foi rejeitada pelo SNA. “O SNEA enfatiza que as empresas aéreas têm colaborado com a negociação e buscado soluções para garantir o pleno atendimento de todos os seus clientes, especialmente neste período de alta temporada”, conclui a nota.

Fonte: Estadão

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