A greve de pilotos e comissários voltou a afetar a rotina dos aeroportos no início desta terça-feira, com registro de atrasos e cancelamentos de decolagens. A paralisação ocorreu entre 6h e 8h em oito cidades, pelo segundo dia.
O Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, registrou dois cancelamentos e 18 atrasos até 9h. Já no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, a concessionária GruAirport reportava três voos atrasados e nenhum cancelamento.
No Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, foram 11 atrasos e cinco cancelamentos, segundo a Infraero.
Além de São Paulo e Guarulhos, ela estava prevista para ocorrer em Campinas, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Brasília e Fortaleza.
Na segunda-feira, mais de 150 voos atrasaram e outros 34 foram cancelados por causa da interrupção.
Por decisão cautelar (provisória) do Tribunal Superior do Trabalho (TST), proferida na última sexta-feira, 90% dos trabalhadores tiveram que manter suas funções no período de greve. A multa diária em caso de descumprimento foi fixada em R$ 200 mil.
O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), que representa a categoria em greve, reivindica a reposição salarial pela inflação, medida pelo INPC, mais 5% de aumento real.
O TST media as negociações da campanha salarial da categoria, cuja data-base é dezembro. As conversas, segundo o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNE), tiveram início em outubro. De lá para cá, foram apresentadas três propostas das empresas, todas recusadas pela categoria. A mais recente delas foi votada no último domingo e prometia reposição inflacionária e mais 0,5% de aumento real. O texto foi rejeitado por 76,43% da categoria.
Atualmente, o piso salarial de um comissário de voo é de R$ 2.277,43. Já o de um piloto de avião comercial é de R$ 9.400.
Fonte: O Globo
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