A greve dos pilotos e comissários chega ao quarto dia com paralisações que impactam voos em seis aeroportos do País na manhã desta quinta-feira, 22. Os tripulantes cruzam os braços por duas horas diariamente desde segunda-feira, sempre das 6h às 8h, para reivindicar aumento real dos salários e melhores condições de descanso.
Por volta das 9h10, os painéis de voos disponíveis nos sites dos aeroportos mostravam que havia voos atrasados em Fortaleza (1 voo) e Viracopos (Campinas-SP; 1 voo), além de voos cancelados em Porto Alegre (1 voo) e Viracopos (2 voos).
Os Aeroportos de Brasília, Confins (Belo Horizonte), Guarulhos (São Paulo) e Rio-Galeão, onde também estavam previstas paralisações dos tripulantes, não registravam atrasos ou cancelamentos. O painel de voos do site da Infraero, que administra os Aeroportos de Congonhas, em São Paulo, e Santos Dumont, no Rio, estava fora do ar.
Segundo o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), a greve continua enquanto os tripulantes esperam uma proposta das companhias aéreas que atenda suas demandas. No último fim de semana, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) apresentou uma proposta de renovação da Convenção Coletiva de Trabalho da aviação regular, que previa reposição de 100% da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), mais aumento real de 0,5%. O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) aceitou a proposta, mas o SNA, que pede aumento real de 5%, a rejeitou, optando pela greve.
Os tripulantes apontam que o movimento ocorre “tendo em vista os altos preços das passagens aéreas que têm gerado crescentes lucros para as empresas”. Por determinação do TST, a greve pode atingir somente 10% dos funcionários das empresas. O sindicato afirma que a determinação está sendo cumprida e o movimento ocorre dentro da legalidade.
Em nota divulgada na última terça-feira, 20, o SNEA afirma que o preço das passagens aéreas foi fortemente impactado por conta da pandemia e que houve aumento dos custos para as companhias – as quais, segundo o sindicato patronal, acumulam prejuízo.
“O SNEA enfatiza que as empresas aéreas têm colaborado com a negociação e buscado soluções para garantir o pleno atendimento de todos os seus clientes, especialmente neste período de alta temporada”, conclui a nota.
Fonte: Estadão
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