Nesta terça-feira (05/08), foi realizada reunião do Grupo de Trabalho (GT) Saúde CAIXA, com a participação de representantes da Caixa Econômica Federal e do GT Saúde CAIXA CONTEC. O encontro teve como objetivo a apresentação dos dados do segundo trimestre de 2025 e a definição de ações preparatórias para a próxima mesa de negociação, agendada para 14 de agosto.
Os representantes da Caixa apresentaram os resultados do plano no primeiro semestre de 2025. De acordo com os dados, a receita foi de aproximadamente R$ 1,8 bilhão, enquanto as despesas somaram R$ 2,246 bilhões, resultando em um déficit de cerca de R$ 346 milhões. A reserva técnica é de R$ 105,92 milhões.
O número de beneficiários permanece estável em torno de 274.818 vidas, com leve redução na idade média devido à entrada de novos empregados concursados. A taxa de adesão ao plano ultrapassa 90%. Em relação à coparticipação, os valores vêm se mantendo próximos aos projetados, com algumas variações pontuais atribuídas aos tetos de 10% da remuneração base e ao teto anual.
Foi ressaltada a inclusão de novos exames no PCMSO, custeados pela Caixa, o que pode reduzir despesas assistenciais do plano. O GT CONTEC manifestou apoio ao novo PCMSO e se comprometeu na divulgação dessas informações aos empregados, reforçando a importância de realizar os exames preventivos e utilizá-los também nas consultas médicas.
A representação CONTEC apontou problemas técnicos nos dados primários do Saúde CAIXA fornecidos pela Caixa, como arquivos corrompidos e ausência de informações. Além disso, foi destacada a existência de registros duplicados e triplicados, o que compromete a análise atuarial.
Diante disso, a CONTEC reforçou a necessidade de uma reunião direta entre os atuários da Caixa e os atuários contratados pela CONTEC, para alinhar e corrigir as inconsistências. A Caixa se comprometeu a viabilizar esse encontro ainda nesta semana.
Outro ponto levantado foi o levantamento do número de beneficiários que atingem o teto de 3,5 salários e não contribuem, além do recolhimento dos 6,5% previstos no estatuto sobre verbas de ações trabalhistas pagas pela Caixa. A entidade informou que levará a questão ao jurídico para análise e que buscará apresentar respostas antes da próxima mesa de negociação.
O GT CONTEC manifestou preocupação com a saída do plano de empregados pelo alto custo e com o impacto da saída de empregados jovens e de alta renda, que contribuem mais e utilizam menos serviços, o que fragiliza o equilíbrio financeiro do Saúde CAIXA.
Outro tema abordado foi o monitoramento dos tratamentos de alto custo, como órteses, próteses e materiais especiais. A representação da Caixa informou que mantém acompanhamento contínuo e ações junto aos prestadores para conter os impactos financeiros dessas despesas.
O GT CONTEC cobrou urgência para:
- Envio dos dados pendentes relativos aos dados primários do plano;
- Levantamento do número de beneficiários que não contribuem devido ao teto de 3,5 salários;
- Esclarecimento sobre o recolhimento dos 6,5% em ações trabalhistas;
- Reunião entre atuários da Caixa e da CONTEC;
- Projeção atuarial atualizada dos dados financeiros antes da mesa de negociação marcada para 14/08.
Ao final da reunião, William Louzada ressaltou:
“Saúde CAIXA é um dos temas mais importantes para os empregados. Reafirmamos nossa luta pelo reajuste zero e fim do décimo terceiro, bem como o compromisso do GT CONTEC de buscar soluções concretas que deem tranquilidade aos colegas e garantam a perenidade do plano”.
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