No ano passado, o país viu a inflação chegar nos dois dígitos. Automaticamente, o trauma pré-plano Real veio à tona na memória dos brasileiros. O temor se alastrou para o início de 2022, no entanto, as projeções apontaram uma alta mais modesta dos preços, o que trouxe certo alívio.
Apesar disso, gastos em relação à energia elétrica, aluguel, IPVA e IPTU ainda devem causar dor de cabeça para as famílias nos primeiros meses do ano.
Na avaliação do último relatório Focus, do Banco Central, em que mais de 100 economistas fazem estimativas sobre os principais indicadores econômicos, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) — regulador oficial da inflação — deve ter alta de 5,03% até o fim deste ano.
O relatório também mostra que uma das principais vilãs do ano passado, a conta de luz, deve chegar pesando no bolso mais uma vez. Mesmo com a crise hídrica em controle, após o alto volume de chuvas em novembro e dezembro, o custo deve seguir elevado.
Isso porque o país ainda paga o prejuízo do acionamento das usinas térmicas diante da pior seca enfrentada nos últimos 91 anos. Esse modo de geração de energia é mais caro e também mais poluente. Em razão disso, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) afirmou que o reajuste tarifário médio nas contas de luz em 2022 deve ser de 21,04%.
Fonte: Metrópoles