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Lucro do BB sobe 11,7% e alcança R$ 8,8 bilhões no 2º trimestre

postado Assessoria

O BB (Banco do Brasil) registrou lucro líquido de R$ 8,8 bilhões no segundo trimestre de 2023, o que corresponde a uma alta de 11,7% na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo balanço divulgado nesta quarta-feira (9).

Foi o maior lucro entre os quatro grandes bancos do mercado —grupo que conta também com Itaú, Bradesco e Santander— no segundo trimestre do ano.

O desempenho refletiu o crescimento de dois dígitos da carteira de crédito, em especial no segmento do agronegócio.

Já na comparação com o primeiro trimestre de 2023, o lucro do banco público avançou 2,8%.

A carteira de crédito ampliada do BB alcançou R$ 1,04 trilhão, um aumento de 13,6% no ano contra ano e de 1,2% na margem.

No semestre, a carteira de crédito cresceu 15,3%, o que levou o banco público a rever para cima a projeção de crescimento para o acumulado do ano, de uma faixa entre 8% e 12% para entre 9% e 13%.

A carteira pessoa física cresceu 10% em 12 meses e 0,6% no trimestre, para R$ 302 bilhões, com destaque para o desempenho do crédito consignado, que cresceu 9,3% na comparação anual e 2% em bases trimestrais.

No caso da carteira pessoa jurídica, a evolução foi de 10,4% na comparação anual e de 2,5% na trimestral, para R$ 372 bilhões, com destaque para os desempenhos das operações de capital de giro, que tiveram expansão de 6,8% em 12 meses e de 1,4% no trimestre.

Já a carteira voltada ao agronegócio cresceu 22,7% no ano contra ano, com leve recuo de 0,3% no trimestre, totalizando R$ 322 bilhões.

Segundo o BB, a queda trimestral reflete a liquidação de operações de custeio, que ocorre sazonalmente no último trimestre do Plano Safra. Na comparação em 12 meses, destaque para as operações de custeio (+30,6%) e de investimento (+46,8%).

A taxa de inadimplência acima de 90 dias, por sua vez, passou para 2,73%, contra 2% em junho de 2022 e 2,62% em março.

O banco assinalou que, no trimestre, parte das operações de crédito com cliente específico do segmento “large corporate” que entrou com pedido de recuperação judicial em janeiro de 2023 passou a impactar o indicador de inadimplência acima de 90 dias.

Embora não especifique quem é a empresa, é provável que se trate da Americanas, que entrou em recuperação judicial em 19 de janeiro com dívidas de mais de R$ 40 bilhões. Sem o impacto causado pela empresa, o índice de atrasos do banco teria sido de 2,65%

Já a PCLD (Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa), colchão contra possíveis calotes, somou R$ 7,1 bilhões e aumentou 144,3% ante o segundo trimestre do ano passado e 22,6% em relação ao primeiro trimestre de 2023.

De acordo com o BB, o aumento das reservas contra calotes refletiu o “agravamento” em linhas de crédito não consignados na carteira pessoa física e a piora de riscos na carteira pessoa jurídica, impactada pela elevação de nível de risco de créditos de uma empresa do segmento “large corporate” que entrou com pedido de recuperação judicial em janeiro de 2023.

O balanço mostra ainda que as receitas de prestação de serviços somaram R$ 8,3 bilhões no segundo trimestre, alta de 5,6% em bases anuais e de 1,9% na comparação trimestral, influenciadas positivamente pelas linhas de operações de crédito e garantias (alta de 23,6% em bases trimestrais) e consórcios (+5,6%).

“Essa performance reflete o bom desempenho comercial nas linhas, com maiores desembolsos de crédito, notadamente para clientes do atacado, e elevação na comercialização de consórcios no período, que
alcançou 104 mil novas cotas em um total de R$ 8,5 bilhões em cartas”, diz o banco.

Como resultados dos números apresentados, o RSPL (Retorno sobre o Patrimônio Líquido) do BB, indicador que mede a rentabilidade da operação da instituição financeira, avançou para 21,3% em junho, contra 20,8% em junho de 2022 e 21% em março. Com o resultado apresentado, o banco foi o que entregou a maior rentabilidade do setor na comparação com os pares, batendo os privados Itaú, Bradesco e Santander.

Presidido pela primeira vez por uma mulher, com a nomeação da funcionária de carreira Tarciana Medeiros no início do ano, o banco destaca também no relatório de resultados que a presença de mulheres em conselhos e diretoria evoluiu significativamente neste ano. De junho de 2022 até junho 2023, a participação de mulheres aumentou de 37,5% para 50% no conselho de administração, de 11,1% para 44,4% no conselho diretor e de 13% para 21,7% na diretoria executiva. “O Banco do Brasil é protagonista nas ações de diversidade, equidade e inclusão e tem avançado de maneira importante nesta agenda.”

Fonte: Folha de S. Paulo

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