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Na Suíça, Presidente da CONTEC participa de reunião sobre clima, mulheres e diversidade nas negociações coletivas

Lourenço Prado destacou as iniciativas da categoria bancária no Brasil

postado Assessoria

Seguindo a intensa agenda da 113ª Conferência Internacional do Trabalho da OIT, em Genebra, nesta quarta-feira (11/6), o presidente da CONTEC, Lourenço Prado, participou do “Diálogo Social Tripartite Global sobre o Setor Bancário”.

O encontro, organizado pela Federação Nacional dos Bancos (FENABAN) e a Confederação Nacional do Sistema Financeiro (CONSIF), teve como tema ‘Eventos Climáticos Extremos, Mulheres e Diversidade em Negociações Coletivas’ e reuniu representantes de empregadores, trabalhadores e governos para discutir experiências e propor políticas de promoção da igualdade, diversidade e proteção dos trabalhadores do setor financeiro diante dos desafios sociais e ambientais emergentes.

A reunião foi presidida pelo ministro do Trabalho, Luiz Marinho, pelo presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Aloísio Corrêa da Veiga, com participação dos ministros Fabrizio Gonçalves e Milton Pinto Martins, além do procurador-geral do Trabalho, Dr. José Lima. O evento também contou com a presença de representantes das centrais sindicais CUT, Força Sindical, UGT, Nova Central, CTB e CSB, além de lideranças empresariais.

Durante sua intervenção, Lourenço Prado destacou os avanços conquistados pela categoria bancária no Brasil, especialmente no que diz respeito à proteção das mulheres contra o assédio moral, sexual e outras formas de violência e discriminação.

“Registramos a relevância deste evento, agradecemos a presença de todos — afinal, somos nós, organizadores e realizadores desta reunião tripartite — e frisamos a importância do grande feixe de direitos que beneficiam as mulheres bancárias”, afirmou Prado.

O presidente da CONTEC também resgatou a trajetória histórica das mulheres no setor bancário, lembrando que o ingresso feminino se iniciou com a figura da “Garota Bradesco” e avançou com os concursos do Banco do Brasil. Atualmente, as mulheres representam mais de 50% da categoria.

Outro ponto de destaque foi a redução drástica do número de trabalhadores bancários, que caiu de 1,1 milhão em 1990 para cerca de 443 mil em setembro de 2024. O dirigente sindical alertou para o fechamento de agências e o número crescente de demissões em 2025, o que tem deixado muitos trabalhadores fora da proteção sindical adequada.

“Hoje, muitos companheiros e companheiras estão à margem da sindicalização. Isso inclui também trabalhadores de lotéricas, cooperativas de crédito e fintechs, que, segundo o artigo 17 da Lei nº 4.595/1954, são vinculados ao sistema financeiro e, portanto, devem ser representados pelos sindicatos dos bancários”, defendeu.

Lourenço também manifestou preocupação com os efeitos das mudanças climáticas, citando as chuvas torrenciais que atingiram o Rio Grande do Sul e a seca severa no Amazonas nos últimos meses.

Por fim, destacou a importância da COP 30, que será realizada em novembro e dezembro de 2025 no Brasil, como um espaço fundamental para a defesa do planeta e da valorização do trabalho.

“É essencial reforçar que não haverá emprego em um planeta morto. Por isso, a intervenção sindical na agenda ambiental é urgente e necessária”, concluiu.

O encontro também contou com a participação de Ângelo Di Cristo, chefe do Departamento de Finanças Globais da UNI Global Union, entidade sindical internacional que representa trabalhadores do setor financeiro em todo o mundo.

Clique aqui e confira as imagens.

Texto: Leidiane Silveira

Imagens: Daniel Diniz

Edição: Marcos Bohler

www.contec.org.br

 

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