Para evitar fraudes digitais e alertar sua clientela, o Nubank lançou, nesta sexta-feira, um portal de segurança para o qual serão direcionadas dezenas de URLs — como são chamados os endereços na web — criadas para confundir as pessoas e, possivelmente, aplicar golpes.
— Queremos ir além do alerta e da conscientização das pessoas sobre essa prática criminosa e partir para uma ação mais concreta — afirma Juliana Roschel, diretora de marketing do Nubank. Entre as URLs compradas estão, por exemplo, nubankbrasil, nubank, nubanks e wwwnubank.
O lançamento do portal faz parte da campanha #PareceMasNãoÉoNubank, que, além da compra dos domínios, também busca conscientizar os clientes sobre temas como quais são as táticas mais comuns entre os golpistas; como denunciar uma tentativa de golpe para o banco e como reconhecer os perfis legítimos da empresa na internet, entre outros.
— As táticas de engenharia social, que nada mais são do que formas de manipular as vítimas psicologicamente para induzi-las a tomar ações que no fim das contas as prejudicam, são cada vez mais comuns em toda a indústria financeira — destaca Fabiola Marchiori, vice-presidente de Engenharia e gerente-geral de Prevenção de Fraude do Nubank.
Ela destaca que isso se dá apesar dos fradadores estarem encontrando dificuldades para burlar os sistemas de defesa das instituições financeiras, que vêm sendo aprimorados.
— Manter as pessoas bem informadas sobre essa prática é muito importante porque, na maioria das vezes, existe uma participação não intencional das próprias vítimas para que o golpe se concretize — diz a executiva.
Golpes mais comuns
Além de golpes aplicados por meio do uso de sites que tentam se passar pelos oficiais de instituições financeiras, outras fraudes relacionadas a bancos têm se tornado cada vez mais comuns.
Com o golpe do Pix, por exemplo, criminosos conseguem redirecionar transferências para suas contas, a partir de um vírus que bloqueia a tela do celular da vítima na etapa em que aparece “processando transferência”.
Enquanto a pessoa espera, o vírus clica em “voltar” e altera o destinatário, mudando também o valor da transação. Essa troca ocorre rapidamente e de forma automática.
Já no golpe do acesso remoto, também conhecido como mão fantasma, o correntista é levado a instalar um aplicativo de acesso remoto no celular e, a partir daí, o criminoso consegue informações que permitem acessar o app bancário da vítima em outro smartphone, computador ou tablet diferente daquele em que está originalmente instalado. Assim, faz empréstimos, transações Pix e saques de aplicações financeiras.
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