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Por que os cheques de papel se recusam a morrer nos EUA

postado Assessoria

A Target parou de aceitar cheques pessoais como forma de pagamento este mês, o que pode inspirar a seguinte pergunta: por que demorou tanto?

fraude com cheques mais que dobrou nos últimos anos e custa pelo menos US$ 1 para as empresas processarem cada cheque que recebem. Muitos jovens adultos nunca sequer utilizaram um.

Mas se você não usa um cheque há anos e considera essa prática motivo de orgulho, isso pode dizer muito sobre onde você mora e o que você paga. Em muitos setores, os cheques continuam sendo uma forma popular de pagamento e, às vezes, são necessários.

De acordo com dados de pesquisa de consumidores do FED (Federal Reserve) de Atlanta, que rastreia a porcentagem de pagamentos feitos por cheque, as seguintes áreas recebem a maioria dos pagamentos por cheque: trabalhadores como eletricistas e encanadores, recebem 25% de seus pagamentos por cheque. Organizações religiosas e de caridade vêm em seguida com 22%. Proprietários, autoridades fiscais governamentais e empresas de serviços profissionais também recebem cheques em percentuais de dois dígitos.

Existem muitos setores do comércio em que os cheques também são necessários. Leitores do The New York Times escreveram para reclamar sobre ter que escrever cheques para diversos fins como taxas de associações de moradores e cortes de cabelo, além de exposições de cães e, ocasionalmente, apólices de seguro de cuidados de longo prazo.

Algumas pessoas realmente gostam de pagar dessa forma, embora citem muitos motivos diferentes para isso. Sentimentos, taxas e medo desempenham papeis que levam à essa preferência.

Em resumo, é complicado, então não nos livraremos dos cheques tão cedo. Aqui estão algumas das principais razões.

APERTO DE MÃO (OU UM ABRAÇO)

“Os cheques são realmente um sinal cultural fundamental do comércio baseado em relacionamentos”, diz Scott Anchin, vice-presidente de risco operacional sênior e política de pagamentos da Independent Community Bankers of America, que quer reduzir o número de pagamentos por cheque. “É quase como um aperto de mão.”

Considere uma arrecadação na igreja. Um formulário poderia ser preenchido para pagar com cartão de crédito, mas há um ritual associado a escrever um cheque no momento. “Eu quero sentir o ato de doar”, diz Anne Thomas, 65, moradora de State College, na Pensilvânia, que trabalha e faz voluntariado em igrejas.

Depois, também há os presentes. Enviar dinheiro por uma plataforma de pagamento digital, como Venmo, parece o oposto de um abraço mesmo que inclua emojis, e cartões-presente podem ser um incômodo para usar. Se você está enviando um cartão pelo correio com um presente em dinheiro, um cheque pode parecer a melhor opção.

MEDO

Para cada pessoa que foi vítima de fraude com cheques, há outra que encontra golpistas na internet.

Basta um encontro com alguém mal-intencionado no Venmo ou serviços de pagamento semelhantes, como PayPal ou Zelle—e qualquer luta resultante para recuperar o dinheiro perdido—pode ser suficiente para empurrar as pessoas de volta ao papel. E, dado o alto volume de violações de segurança, muitas pessoas evitam armazenar suas informações bancárias em algum site aleatório apenas para facilitar o pagamento de taxas algumas vezes por ano.

Se você é novo em pagamentos online, o medo de adicionar um zero errado ou perder um pagamento por causa de um clique errado pode superar o incômodo e o risco de fraude associados aos cheques.

SIMPLICIDADE

É aqui que entram as taxas incômodas de associações de moradores. Imagine que a sua associação de moradores ou de condomínio é autogerida. Agora imagine que você é o tesoureiro este ano.

Você tem um emprego em tempo integral e gosta de ver a família e os amigos. Depois, há hobbies, e nenhum desses hobbies inclui se aprofundar em sistemas de pagamento eletrônico no único banco local que está disposto a hospedar a conta da sua associação sem cobrar taxas, ou pesquisar outras opções.

Afinal, há apenas 10 proprietários em sua associação hipotética. Assim, é mais simples se as pessoas pagarem por cheque.

Fonte: Folha de S. Paulo

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