Dirigentes da Federação dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb SP/MS) participaram, nesta quinta-feira (5), de um importante evento promovido pela UGT-SP, em Campinas, que reuniu cerca de 200 lideranças sindicais de todo o estado. O objetivo foi discutir os impactos da pejotização nas relações de trabalho e pensar alternativas frente ao avanço dessa prática.
A abertura do encontro foi feita por Ricardo Patah, presidente nacional da UGT, seguida da fala de David Zaia, presidente da Feeb SP/MS e vice-presidente nacional da UGT. Zaia alertou para a crescente precarização no setor bancário, destacando a atuação de empresas que prestam serviços típicos de banco sem estarem sujeitas às mesmas regras do setor.
“O sistema bancário formal conta hoje com cerca de 418 mil trabalhadores, mas esse número vem sendo reduzido à medida que empresas como XP, Nubank, cooperativas de crédito e plataformas de tecnologia passam a oferecer serviços bancários com modelos de contratação que fragilizam os direitos trabalhistas”, destacou Zaia.
Durante sua fala, David também denunciou a prática de terceirização promovida pelo Banco Santander, que vem criando empresas paralelas e transferindo bancários para essas estruturas, reduzindo os direitos da categoria. “É uma estratégia para burlar a convenção coletiva e enfraquecer as garantias dos trabalhadores, o que exige resposta firme do movimento sindical”, alertou.
Estiveram presentes no evento representantes dos sindicatos dos bancários de Franca, Tupã, São José dos Campos, Campinas e Sorocaba, que contribuíram com a discussão e reafirmaram o compromisso da categoria com a defesa do emprego digno e da representação sindical.
O evento contou ainda com exposições técnicas do professor doutor Raimundo Simão de Melo, procurador regional do Trabalho aposentado, e da professora doutora Marilane Oliveira Teixeira, pesquisadora da UNICAMP, ambos reconhecidos como autoridades nacionais no tema da pejotização.
A Feeb SP/MS reafirma seu compromisso com a valorização da categoria bancária e com a luta por condições de trabalho justas, diante dos desafios impostos pela flexibilização e desregulamentação das relações trabalhistas.
Fonte: SEEB SP/MS
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