Início » IBGE adia mais uma vez o Censo 2022 e promete divulgar dados até 28 de dezembro

IBGE adia mais uma vez o Censo 2022 e promete divulgar dados até 28 de dezembro

Em 93 dias, apenas 63,77% da população já responderam, o que corresponde a mais de 136 milhões de pessoas e mais de 47 milhões de domicílios

postado Assessoria

IBGE adiou mais uma vez a conclusão do Censo Demográfico 2022, e a coleta, que deveria acabar no fim de outubro, será encerrada somente nos últimos dias de dezembro. Em 93 dias, considerando de 1º de agosto até ontem, foram recenseadas 136.022.192 pessoas, em 47.740.071 domicílios, o que corresponde a 63,77% da população estimada do país (215 milhões de pessoas).

Em 3 de outubro, o IBGE já havia prorrogado o término do levantamento de outubro para o início de dezembro.

O diretor de Pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo, não precisou o dia em que o levantamento vai terminar, mas afirmou que a entrega das informações ao Tribunal de Contas da União (TCU) será feito no dia 28 de dezembro. Esses dados são usados para definir a divisão dos recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

O principal motivo dos atrasos, diz Cimar, é a falta de recenseadores, especialmente em estados como São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, onde a taxa de desemprego é menor.

Ele admite que os dois concursos cancelados e atrasos no pagamento contribuíram para gerar descrédito entre os candidatos. E que, nos últimos meses, muitas pessoas conseguiram trabalho nas eleições.

Segundo o IBGE, a questão da remuneração está resolvida.

A recusa em receber os recenseadores é outro ponto delicado, destaca Cimar. Segundo ele, em torno de 2,33% não quiseram participar do Censo:

— Na maioria das vezes, somos bem recebidos, mas há síndicos e porteiros que acabam impedindo a entrada. Eles descumprem o Código Penal, que diz que o funcionário público tem direito de exercer o trabalho dele. O IBGE está tomando as providências.

Entre as outras medidas para agilizar a coleta e dar conta do prazo, Cimar destaca que foram realizados processos seletivos com treinamentos reduzidos, transferência de recenseadores de outros municípios que já finalizaram as coletas e pagamento em dia das remunerações, além de incentivo ao trabalho em feriados e fins de semana:

— Não é obrigatório, mas ganha-se mais e o desempenho é melhor, porque é mais fácil achar as pessoas em casa.

Por ora, o IBGE diz que não vai precisar aumentar a verba para reforçar os pagamentos dos recenseadores.

— Se precisar, vamos procurar o Ministério da Economia. Por enquanto, dá para terminar com o orçamento atual _ afirma Cimar.

O maior levantamento sobre as condições de vida da população, que era para ter acontecido em 2020, teve de ser suspenso pela pandemia e, depois, pela falta de recursos para uma operação que exige R$ 2,3 bilhões para ser realizada.

Fonte: O Globo

www.contec.org.br

Deixe um Comentário

Notícias Relacionadas