O Pix movimentou R$ 10,9 trilhões em 2022, segundo levantamento do Banco Central (BC). De acordo com os dados divulgados pela autoridade monetária na semana passada, o sistema de transferência instantânea superou R$ 1 trilhão por mês no último trimestre do ano passado — em dezembro foi registrado o recorde de 1,221 trilhão em transações em um único mês.
O valor transacionado por Pix em 2022 é mais que o dobro do registrado em 2021, quando o sistema de transferência instantânea movimentou R$ 5,2 trilhões em 9,48 bilhões de transações.
O total movimentado pelo Pix em 2022 é mais que o dobro que o valor registrado ano passado em pagamentos por boletos, que chegou a R$ 5,3 trilhões. As transações de TED no ano passado, contudo, somaram R$ 40,7 trilhões.
Entretanto, em número de transações, o Pix somou 24,3 bilhões no ano passado, muito acima das 4,03 bilhões de pagamentos por boletos e do 1,01 bilhão de transferências por TED.
Esses dados indicam que o tíquete médio das transações do Pix foi de R$ 449 no ano passado, abaixo do boleto (R$ 1.315) e do TED (R$ 40.297 por transação, em média).
— Em número de transações, vemos um domínio do Pix. Mas como há a questão da segurança por se tratar de um sistema instantâneo, o Pix tem limite baixo e transações muito imediatas, diferente da TED. O Pix tem essa característica de ser do dia a dia, de operações de pequeno valor e muita velocidade — avalia Jason Vieira, economista chefe da Infinity Asset.
O BC informa que estuda ampliar o Pix em 2023. Entre as novidades estudadas estão o Pix automático — com agendamento de pagamento de serviços recorrentes — e o Pix internacional, com transferências entre usuários em diferentes países.
Além disso, está previsto a entrada em vigor do pagamento de salários, pensões e aposentadorias por Pix. No começo de dezembro o Banco Central havia permitido tal funcionalidade, porém, a pedido do mercado, a vigência para efetivação da mudança ficou para 3 de julho deste ano, para que as instituições financeiras tenham um prazo maior para se adequarem.
— O Pix vem atuando de forma muito positiva em alguns segmentos da sociedade, como trabalhadores autônomos, trabalhadores na economia informal, e no mercado de e-commerce, promovendo uma grande inclusão financeira — cita Leandro Vilain, diretor executivo de Inovação, Produtos e Serviços Bancários da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban).
Fonte: O Globo
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