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Chefe do FMI diz que deseja apoiar Argentina e sugere fundo de resiliência

postado Assessoria

O FMI (Fundo Monetário Internacional) está “muito interessado” em apoiar a Argentina e o país poderia ser um candidato a receber financiamento por meio de seu Fundo de Resiliência e Sustentabilidade (RST, na sigla em inglês). A afirmação foi feita pela chefe do fundo, Kristalina Georgieva, nessa segunda-feira (27).

Georgieva deverá se encontrar pessoalmente com o presidente eleito da Argentina, Javier Milei, durante sua visita a Washington nesta terça-feira (28). Isso ocorre após uma primeira reunião virtual entre Milei e o fundo na última sexta-feira (24), que Georgieva descreveu como um “compromisso muito construtivo, uma discussão muito séria”.

“Vamos ver como será o engajamento, mas é um primeiro passo promissor”, disse a presidente da instituição à Reuters.

“A maneira mais importante pela qual a Argentina pode se ajudar é lidando com os desequilíbrios macroeconômicos que se acumularam. Mas, mais uma vez, estamos muito interessados em apoiar a Argentina, resolver o problema profundo da inflação, criar um ambiente para o crescimento liderado pelo setor privado que possa estimular o emprego e a economia em geral”, afirmou.

Milei obteve uma vitória eleitoral mais forte do que o esperado e, em 10 de dezembro, deverá assumir o comando da segunda maior economia da América do Sul, que está mergulhada em uma grave crise que fez com que a inflação subisse acima de 140% e as reservas líquidas afundassem para o vermelho.

“Eles têm problemas estruturais muito significativos que o fundo pode ajudá-los a resolver, bem como questões de adaptação muito significativas”, como secas, destacou a presidente do FMI.

Ter um programa em andamento é uma pré-condição para utilizar o RST do FMI, que foi lançado para ajudar países vulneráveis de renda média e países insulares e fornece acesso a empréstimos a juros baixos para cerca de 140 nações.

Não ficou claro como a possibilidade de a Argentina recorrer ao RST seria afetada pelo programa argentino de US$ 44 bilhões com o FMI –o maior do fundo– que se considera que saiu dos trilhos e vence em setembro de 2024.

Fonte: Folha de S. Paulo

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