Nesta quinta-feira (7), a COP 28 se voltou para assuntos ligados aos trabalhadores, no Dia da Estratégia Sindical. Em pauta, a neutralização das emissões de carbono nas próximas décadas. A reunião foi proposta pela CSI – Confederação Sindical Internacional.
Foram traçados objetivos para a política do NET Zero Roadmap, que trata justamente do compromisso de nações líderes com a redução da emissão de gases nocivos. Um dos representantes da CSI – Bruxelas, falou sobre a transição justa para este modelo. Ele classificou como histórico.
Os dirigentes reforçaram ainda a necessidade do cumprimento de medidas já articuladas e entendidas previamente, como os objetivos do acordo de Paris. O documento prevê uma aceleração no enfrentamento ao efeito estufa, reduzindo a zero as emissões líquidas, em 2050. Dessa forma, limitar o aumento da temperatura média do planeta em até 1,5ºC e atenuar os efeitos negativos sobre os ecossistemas, a economia e a sociedade como um todo.
Uma das medidas necessárias para atingir a meta até 2050, seria a diminuição de 45% dos gases até 2030, com relação ao que foi emitido em 1990. Porém as mudanças esbarram em questões econômicas e modelos de consumo. Por isso, o foco é a estruturação e implementação da economia verde pelos países membros da COP 28. Assim sendo, o aumento das temperaturas do planeta poderiam ser contidos. Este deve ser o ano mais quente da história, desde o início das medições, segundo os organismos de medição meteorológica.
Foi uma reunião muito proveitosa e gratificante, pudemos aprimorar e debater políticas de enfrentamento ao aquecimento global e traçar planos para acelerar a redução de danos. Os companheiros da CSI contribuíram com diferentes visões sobre o tema. Assim, construiremos um texto coeso e produtivo ao final da COP 28.”disse o presidente da CONTEC e secretário de Relações Internacionais da UGT, Lourenço Prado.
Representantes de diversos países contribuíram com soluções e adequações feitas para a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores em suas nações. Nos Emirados Árabes, durante os meses de calor intenso, os funcionários podem descansar entre às 12 horas e às 16 horas, devido às altas temperaturas. Nas Filipinas, o trabalho análogo à escravidão ainda é muito presente. Os sindicalistas daquele país reivindicam apoio internacional e endurecimento das leis para a melhoria do ambiente de trabalho.
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