Neste 12 de agosto, Dia Internacional da Juventude, o Comitê de Juventude da CSI faz um chamado à ação para consolidar a democracia em nossos locais de trabalho, em nossas sociedades e nas instituições internacionais.
Após décadas de austeridade e políticas macroeconômicas fracassadas ditadas pelo FMI e pelo Banco Mundial, os serviços públicos e os sistemas de proteção social estão em um estado lamentável em todo o mundo. O alto nível de endividamento desvia recursos que poderiam ser investidos em empregos, especialmente no setor de cuidados e em trabalhos respeitosos com o clima. Isso afeta gravemente as perspectivas e o bem-estar dos jovens.
Em escala global, os jovens enfrentam desafios consideráveis para acessar o mercado de trabalho e progredir nele. Milhões estão desempregados ou carecem de oportunidades adequadas de formação e desenvolvimento de capacidades. Eles estão sobrerrepresentados no setor da economia informal, muitas vezes desempenhando trabalhos precários, mal remunerados e sem proteção social nos setores de comércio varejista, hotelaria e serviços. Ao mesmo tempo, muitos outros setores enfrentam uma grave escassez de mão de obra devido aos baixos salários e às más condições de trabalho.
A pandemia de covid-19 teve um impacto grave no mercado de trabalho, especialmente para os jovens, mulheres, imigrantes e outras pessoas que enfrentam discriminações múltiplas. Segundo a OIT, muitos jovens, especialmente mulheres, não trabalham, nem estudam, nem recebem formação, o que “é um obstáculo importante para a integração laboral a longo prazo”.
Em um contexto de múltiplas crises, como conflitos, emergência climática e aumentos persistentes dos preços dos alimentos e da energia, os jovens estão perdendo a confiança nos sistemas democráticos que se mostram incapazes de evitar ou resolver essas crises.
Como jovens representantes sindicais da maior organização democrática do mundo, estamos comprometidos com a criação de um futuro melhor para os jovens. Isso significa:
Fazer campanha pela democracia no local de trabalho, para que todos os jovens trabalhadores e trabalhadoras possam se filiar a um sindicato e negociar coletivamente, independentemente de sua situação.
Criar sindicatos inclusivos que reflitam a situação da força de trabalho e acolham jovens trabalhadores migrantes, com deficiência e LGBTI+.
Formar alianças com movimentos progressistas, em particular jovens ativistas do clima, defensores dos direitos humanos e feministas, para restabelecer a confiança na democracia.
Defender um diálogo intergeracional para forjar uma visão comum em direção a um sistema multilateral para o desenvolvimento sustentável que priorize as pessoas, como indicado na Agenda 2030 das Nações Unidas.
O Novo Contrato Social da CSI, que garante emprego, direitos, salários, proteção social, igualdade e inclusão, fornece o roteiro para a luta dos jovens trabalhadores pela Democracia. No dia 12 de agosto, junte-se a um sindicato para amplificar a voz dos jovens trabalhadores pela democracia em todos os lugares.
Fonte: Confederação Sindical Internacional (CSI)
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