O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) teve lucro líquido recorrente de R$ 7,2 bilhões no primeiro semestre de 2024, alta aproximada de 94% na comparação com o mesmo período de 2023 (R$ 3,7 bilhões). É o que aponta balanço divulgado pela instituição nesta terça-feira (13) no Rio de Janeiro.
O lucro recorrente desconsidera eventos esporádicos, ou seja, que não tendem a se repetir. A grande razão para o salto foi a ampliação da intermediação financeira, a principal atividade do banco, que abrange as operações de crédito, disse Alexandre Abreu, diretor financeiro do BNDES.
“A melhoria do resultado é consequência direta do aumento da carteira de crédito, da volta do BNDES como ator importante no cenário nacional em termos de colocação de recursos na economia”, afirmou.
No primeiro semestre, os desembolsos da instituição atingiram R$ 49,3 bilhões. Houve crescimento de 21% ante igual intervalo do ano passado. Os desembolsos são os recursos que efetivamente saem do banco para investimentos na economia.
“A retomada do crédito do BNDES é uma realidade forte em todos os setores em que trabalhamos”, afirmou Abreu.
AMPLIAÇÃO DE REPASSES AO TESOURO
O presidente do banco, Aloizio Mercadante, comemorou os resultados e disse que a instituição pretende seguir contribuindo para o que chamou de “esforço” do governo federal na área fiscal.
Nesse sentido, o BNDES planeja pagar ao Tesouro Nacional mais do que R$ 15 bilhões em dividendos já aprovados para este ano, indicou Mercadante.
“Vamos pagar um volume de dividendo inédito. Vamos transferir [uma quantia superior a] mais do que 100% do lucro do ano passado para contribuir com a meta de superávit primário. Ninguém mais do que o BNDES quer uma taxa de juros mais baixa.”
Fonte: Folha De S. Paulo
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