O que começou como uma data simbólica entre jovens universitários chineses se transformou no maior evento de compras do mundo. Celebrado em 11 de novembro (11/11), o Dia dos Solteiros nasceu nos anos 1990 como uma brincadeira para valorizar quem não estava em um relacionamento — o número “1” repetido quatro vezes simboliza justamente os indivíduos solteiros.
A virada aconteceu em 2009, quando o grupo Alibaba, gigante do comércio eletrônico chinês, lançou a primeira grande campanha promocional para a data. O sucesso foi imediato: milhões de consumidores aderiram às ofertas, e o 11/11 passou a superar em vendas até mesmo eventos como a Black Friday e a Cyber Monday.
Hoje, o Dia dos Solteiros movimenta cifras bilionárias, com grandes marcas disputando a atenção dos consumidores em plataformas digitais, transmissões ao vivo e campanhas que misturam entretenimento e comércio. Em 2024, o volume de vendas ultrapassou US$ 130 bilhões, consolidando o 11/11 como um marco global do e-commerce e do consumo digital.
A data se tornou também um símbolo de autonomia e autocuidado, ao mesmo tempo em que reflete as mudanças no comportamento do consumidor e o avanço da economia digital chinesa, que influencia o mercado mundial.
No Brasil, o crescimento do comércio eletrônico segue a mesma tendência de expansão, impulsionando novas formas de consumo e de trabalho. Esse cenário traz oportunidades, mas também desafios para os trabalhadores do setor financeiro, de crédito e de serviços digitais, que precisam de proteção, valorização e condições justas diante da transformação tecnológica. A CONTEC acompanha essas mudanças e reforça a importância de que o progresso econômico caminhe junto com a defesa dos direitos e da dignidade dos trabalhadores.
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