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Após Itaú, mais bancos devem isentar taxas de investidores

postado Assessoria

Depois do maior banco privado do Brasil ter anunciado isenção de taxas para corretagem, especialistas acreditam que outras instituições financeiras seguirão o mesmo passo

A ofensiva do Itaú Unibanco de cortar as taxas de corretagem nas ordens de ações e fundos de índice nos canais digitais é um contra-ataque às plataformas independentes, que aboliram a cobrança há bastante tempo. Analistas afirmam que essa é a tendência da indústria, e que o Itaú se posiciona “atrasado”. De qualquer forma, o movimento do maior banco do País elevou a pressão para os rivais seguirem o movimento, aponta o professor de Finanças da escola de negócios Ibmec, Cristiano Corrêa.

“Todos que quiserem concorrer neste mercado, é questão de sobrevivência isentar estas taxas”, diz. O professor destaca que o potencial de crescimento do mercado de investimentos no Brasil ainda é alto, e por isso que a corrida é acirrada. “Este passo do Itaú deve forçar os outros grandes a ‘descer para o playground’.”

 

CEO da Box Asset Management, Fabrício Gonçalvez

Os bancos e plataformas estão em uma disputa para atrair clientes. “Esse movimento do Itaú o leva de volta ao mercado de investimentos depois de várias empresas terem feito isso para ganhar território”, diz Fabrício Gonçalvez, CEO da Box Asset Management.

Para os investidores, a oferta de corretagem zero não é novidade. A Clear, do grupo XP Inc., por exemplo, adota a prática desde 2018. A empresa diz que, entre janeiro e agosto deste ano, os clientes deixaram de gastar R$ 50 milhões com a taxa. A Rico, também da XP, zerou taxas em 2020.

No modelo em que o Itaú opera agora, a Nu Invest oferece isenção para as operações de ações, BDRs, ETFs e opções nos investimentos feitos pelo aplicativo e pelo portal. C6 Bank e Inter têm o mesmo formato. ToroÓramaWarren e Genial dizem que investimentos feitos pelo home broker têm corretagem zero.

Clientes da XP pagam taxas de R$ 2,90 por ordem no day trade (curtíssimo prazo) e R$ 4,90 no swing trade (curto prazo). Na Ágora, a corretagem é de R$ 2,50 e R$ 4,50, respectivamente. No BTG Pactual, a cobrança no swing trade diminui conforme o número de operações.

Fonte: Estadão

www.contec.org.br

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