O Banco do Brasil teve um lucro líquido ajustado de R$ 8,785 bilhões no terceiro trimestre deste ano, informou a instituição nesta quarta-feira (8). O resultado é 4,5% superior ao mesmo período do ano passado e exatamente o mesmo registrado no segundo trimestre de 2023.
O ROE (retorno recorrente sobre o patrimônio líquido médio anualizado, que indica a rentabilidade da operação) também permaneceu estável, em 21,3%.
Os números vieram um pouco abaixo das expectativas dos analistas consultados pela Bloomberg, que esperavam um lucro de R$ 8,95 bilhões e um ROE de 22,70%.
Segundo a instituição, o resultado é fruto de um bom desempenho comercial e do crescimento das carteiras de crédito e da tesouraria.
A carteira de crédito ampliada totalizou R$ 1,07 trilhão em setembro, alta de 2% na comparação trimestral e de 10% na anual.
No recorte de crédito para pessoas físicas, o crescimento foi menor, de 0,7% no trimestre e de 7,9% em 12 meses. Quem puxou a alta nas concessões foi o crédito consignado, que subiu 2% no trimestre e 8,90% em 12 meses.
Já o crédito para pessoas jurídicas teve queda marginal de 0,1% no trimestre e crescimento de 4,7% em 12 meses. Nesse balcão, o destaque ficou com as operações de investimento, que subiram 8,1% no trimestre e 15,2%, em 12 meses. Já a carteira ampliada agro cresceu 5,7% e 18,9%, respectivamente.
Do lado dos custos, a PCLD (Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa), colchão contra possíveis calotes, somou R$ 7,516 bilhões, uma alta de 4,5% ante o segundo trimestre e um salto de 66,4% em relação a 2023.
De acordo com o banco, o aumento na provisão reflete o caso Americanas. O BB ampliou a cobertura do calote de 70% do que a varejista devia para 100%, o que impactou a sua taxa de inadimplência acima de 90 dias. O índice segue em trajetória de alta, indo a 2,81%, ante 2,73% no segundo trimestre e 2,62% no primeiro. De julho a setembro de 2022, a taxa estava em 2,34%.
“Sem considerar este evento [recuperação judicial da Americanas], o INAD+90d [reserva para dívidas acima de 90 dias] seria de 2,63% em setembro de 2023 e de 2,65% em junho de 2023”, disse o BB em seu balanço.
Fonte: Folha de S. Paulo
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