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COE CONTEC/Santander discute diversidade, reestruturação de agências e impactos sobre os bancários

Movimento sindical cobra mais transparência nas decisões do banco e reforça preocupação com demissões e saúde mental dos trabalhadores

postado Assessoria

Na quinta-feira, 05 de junho, foi realizada mais uma reunião da Comissão de Organização dos Empregados (COE) CONTEC/Santander, sob coordenação do presidente da FEEB AL/PE/RN, Luiz Gustavo Walfrido. O encontro reuniu representantes sindicais de diversas regiões do país e integrantes da equipe de Relações Sindicais do banco Santander, que apresentaram um panorama sobre as ações de diversidade, inclusão e os efeitos da transformação digital no setor bancário.

Na primeira parte da reunião, o banco compartilhou dados internos sobre diversidade de gênero, raça, gerações, orientação sexual e pessoas com deficiência. Foram apresentadas iniciativas voltadas à inclusão, como a contratação afirmativa de estagiários e aprendizes, ações de acessibilidade, implementação de cartilhas com tecnologias assistivas, uso de intérpretes de Libras nas lives institucionais e ferramentas de autodeclaração para ampliar a compreensão do perfil dos colaboradores.

Representantes sindicais reconheceram os avanços, mas destacaram a necessidade de maior rigor na apuração de denúncias de assédio moral e sexual, especialmente contra lideranças que adoecem os trabalhadores por meio de cobranças abusivas de metas.

Na sequência, o banco apresentou sua visão sobre a reestruturação do setor bancário, ressaltando que mudanças no comportamento dos clientes, como o crescimento das transações digitais e o uso de aplicativos, têm motivado o reposicionamento das agências. O banco reforçou seu compromisso com a manutenção de múltiplos canais de atendimento – digital, remoto, externo e presencial – e declarou acreditar no papel estratégico das agências físicas.

Dirigentes sindicais, no entanto, relataram preocupação com o fechamento de unidades em municípios de médio porte e com alto potencial econômico, afirmando que muitas dessas agências foram esvaziadas intencionalmente, com redução de equipes, dificultando a prospecção de novos negócios e justificando os encerramentos. Também manifestaram apreensão com o futuro dos bancários afetados pelas mudanças, nem sempre contemplados com realocação para outras unidades.

Durante os debates, foi questionada a estratégia do banco e seus reais critérios para definir quais agências permanecem abertas. Houve críticas à forma como as mudanças vêm sendo conduzidas, muitas vezes sem diálogo prévio com os sindicatos e com impactos diretos sobre o emprego e a saúde dos trabalhadores.

Ao final da reunião, o coordenador Luiz Gustavo Walfrido solicitou que a próxima reunião da COE trate da política de plataformas e seus impactos na organização das agências e nas condições de trabalho da categoria.

A CONTEC seguirá acompanhando de perto esse processo e reforça seu compromisso com a defesa dos empregos, da saúde dos bancários e da valorização do atendimento humanizado no sistema financeiro.

Por Jéssica Alencar – ASCOM CONTEC

www.contec.org.br

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