A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e as instituições financeiras associadas lançam, nesta segunda-feira (dia 14), uma campanha para conscientizar a população sobre golpes e fraudes eletrônicas. Com o tema “Se é golpe, tem contragolpe”, a ação conta com a participação do humorista Fábio Porchat em peças publicitárias nas principais redes de televisão e em páginas virtuais.
Em vídeos e peças publicitárias, Porchat vai ensinar de forma simplificada a população a reconhecer os golpes financeiros e como escapar deles.
“Por meio de vídeos, conteúdos para mídia on-line, redes sociais com animações didáticas e explicativas, ações com influenciadores e nas principais emissoras de TVs aberta do país, queremos orientar sobre como se prevenir dos principais crimes virtuais que tanto dão dor de cabeça aos consumidores e geram prejuízos financeiros”, afirma José Gomes, diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da Febraban.
Além da campanha, a Febraban e os bancos planejam investir cerca de R$ 48 bilhões em tecnologia e segurança da informação, por meio do monitoramento constante de suas respectivas infraestruturas. Aproximadamente R$ 4,8 bilhões serão aplicados na prevenção na prevenção a fraudes.
Novo golpe
De acordo com a federação, criminosos estão aplicando um novo golpe, afirmando que a agência bancária ou gerente está sob investigação e pedindo a transferência de dinheiro.
Em algumas ligações, os criminosos têm usado o nome da Febraban para convencer sobre a suposta investigação. Até mesmo um boletim de ocorrência falso é enviado, para dar credibilidade à narrativa. No entanto, o golpe funciona mais por engenharia social do que tecnologia. Ou seja, consiste na manipulação psicológica do usuário para que ele lhe forneça informações confidenciais ou faça transações em favor da quadrilha.
Como se proteger?
Segundo o diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da Febraban, José Gomes, é importante o cliente bancário ter em mente que as empresas do setor financeiro podem até entrar em contato para confirmar transações suspeitas, mas nunca solicitam dados pessoais, senhas, atualizações de sistemas, chaves de segurança, pagamentos ou estornos de transações nessas ligações ou mensagens.
— Esta abordagem é golpe. Os bancos, entidades ou autoridades policiais nunca pedem que clientes façam transações bancárias. Se receber este tipo de contato, encerre-o na hora. Se tiver dúvidas sobre sua agência, esclareça qualquer informação fora do normal nos canais oficiais do banco — alerta José Gomes, diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da Febraban.
A entidade e seus bancos associados têm investido em campanhas de conscientização para proteção da população contra golpes. Uma das iniciativas é o site https://antifraudes.febraban.org.br/, por meio do qual é possível se manter atualizado sobre golpes mais comuns e dicas de como se proteger.
O que fazer após cair em um golpe?
Caso caia em um golpe, no entanto, a recomendação ao cliente é notificar imediatamente seu banco para que medidas adicionais de segurança sejam adotadas, como bloqueio do app e senha de acesso, e fazer um boletim de ocorrência.
A federação também tem uma parceria com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e envia uma relação de telefones usados no golpe da falsa central telefônica, que são repassados para as empresas de telecomunicações para bloqueio.
Além disso, os bancos investem cerca de R$ 4 bilhões por ano em sistemas de Tecnologia da Informação (TI) voltados para segurança — cerca de 10% dos gastos totais do setor com TI.
Fonte: Extra
www.contec.org.br