Durante o Labor 20 (L20), grupo de engajamento do G20 Social, realizado em Fortaleza – CE, nesta terça-feira, o Presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito (CONTEC) e Secretário de Relações Internacionais da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Lourenço Ferreira do Prado, reuniu-se com representantes dos trabalhadores dos 20 países mais ricos do mundo. Este encontro visa discutir os desafios enfrentados pelos trabalhadores e elaborar estratégias em benefício da classe trabalhadora. O evento continuará até esta quarta-feira (24). Lourenço Prado destaca a importância de aprimorar as proteções sociais e da luta contra as desigualdades sociais e a precarização do trabalho.
O G20 está debatendo políticas de emprego e outros temas relevantes para trabalhadores e governos, com o foco especialmente nas questões sociais e econômicas. Os ministros do Trabalho dos países do G20 vão preparar uma importante declaração que fará parte do documento que os líderes dos países irão assinar em novembro de 2024. O L20 irá discutir e decidir quais serão as principais reivindicações dos trabalhadores que serão incluídas nesses documentos.
O L20 é uma plataforma onde sindicalistas do mundo todo mandam recados importantes sobre as relações de trabalho. Eles se encontram durante o Grupo de Trabalho sobre Emprego, nas reuniões dos Sherpas, dos ministros do Trabalho e das Finanças, e nas cúpulas do G20. As mensagens principais são discutidas e confirmadas durante a Cúpula do L20, sempre que o G20 se reúne.
Os representantes defendem os direitos dos trabalhadores, empregos justos, proteção social, igualdade entre homens e mulheres no trabalho e outros assuntos importantes. Os sindicatos e grupos de trabalhadores do L20 estão unidos para criar ideias e sugestões que ajudem a melhorar as condições de trabalho e impulsionar um crescimento econômico que beneficie todos de maneira justa.
Durante a presidência brasileira do G20, as principais prioridades do L20 são as seguintes:
- Colocar a transição justa no centro da agenda com sentido de emergência;
- Reverter a tendência de desigualdade de rendimentos, eliminando práticas anti-sindicais e apoiando ativamente a negociação coletiva e os aumentos salariais;
- Implementação da Agenda para o Trabalho Digno;
- Destacar o papel dos serviços públicos na concretização dos direitos humanos, na consecução dos objetivos macroeconômicos e sociais, na redução das desigualdades;
- Promover a reforma da arquitetura financeira global para retificar as injustiças entre ricos e pobres e entre países desenvolvidos e em desenvolvimento e;
- Avançar para a proteção social universal através do apoio político e financeiro ativo ao Acelerador Global de Emprego e Proteção Social das Nações Unidas para Transições Justas e da criação de um Fundo Global para a Proteção Social ou mecanismos de financiamento de solidariedade semelhantes.
Durante a reunião, foi destacada a urgência de um “Novo Contrato Social” fundamentado no diálogo institucionalizado e em um multilateralismo renovado. Este novo contrato deve incluir empregos dignos, considerar as mudanças climáticas com uma transição justa, garantir salários mínimos adequados, promover proteção social universal e promover igualdade e inclusão.
O L20 reforça a importância do G20 em cumprir suas promessas passadas, como fortalecer acordos coletivos, garantir salários mínimos justos, alinhar o aumento dos salários com a produtividade, promover o diálogo entre empregadores e trabalhadores, oferecer proteção social para todos, criar empregos de qualidade e formalizados, e garantir segurança nos locais de trabalho. Essas medidas são cruciais para combater a desigualdade de renda e promover uma distribuição mais justa de riquezas.
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