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Metade da população mais pobre ganhou R$ 14 por dia, em 2021, diz IBGE

postado Assessoria

No Brasil, metade da população com menores rendimentos recebeu, em média, R$ 415 por mês, em 2021, uma queda de 15,1% em relação a 2020 (R$ 489). São mais de 106 milhões brasileiros que sobreviveram com cerca de R$ 14 por dia.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua: Rendimento de todas as fontes 2021, divulgada nesta sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em 2021, a queda do rendimento mensal por pessoa foi disseminada entre as classes, porém, foi maior entre as faixas com menor rendimento. Entre os 5% de menor renda (R$ 39) caiu 33,9% e entre os de 5% a 10% (R$ 148) caiu 31,8%. Já entre o 1% com maior renda (R$ 15.940) caiu 6,4%.

Ou seja, em 2021, o 1% da população brasileira com renda mais alta teve rendimento 38,4 vezes maior que a média dos 50% com as menores remunerações.

O rendimento médio mensal domiciliar por pessoa caiu 6,9% e passou de R$ 1.454, em 2020, para R$ 1.353, em 2021. Este é o menor valor da série histórica, iniciada em 2012. As regiões Norte e Nordeste foram as que apresentaram os menores valores (R$ 871 e R$ 843, respectivamente) e também as maiores perdas entre 2020 e 2021 (de 9,8% e 12,5%, nessa ordem). As regiões Sul e Sudeste se mantiveram com os maiores rendimentos (R$ 1.656 e R$ 1.645, respectivamente).

“Esse resultado é explicado pela queda do rendimento médio do trabalho, que retraiu mesmo com o nível de ocupação começando a se recuperar, e pela diminuição da renda das outras fontes, exceto as do aluguel”, explica Alessandra Scalioni, analista da pesquisa.

Scalioni destaca a mudança nos critérios de concessão do auxílio-emergencial em 2021 como uma das principais causas da queda no rendimento de outras fontes.

Fonte: Istoé

www.contec.org.br

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